"Se o progresso se mantiver, Vieira será recordado como o maior presidente do Benfica"
Considerado como principal figura na construção do atual estádio que celebra 15 anos de existência, o antigo dirigente Mário Dias apelida Luís Filipe Vieira de "visionário" tanto nessa obra como no centro de estágios do Seixal.
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Uma figura incontornável na história do Benfica e que deixará uma marca para sempre. É esta a opinião de Mário Dias sobre Luís Filipe Vieira, ele que foi vice-presidente dos encarnados nos primeiros anos da gestão do líder que celebra quinze anos de gestão na Luz. O antigo dirigente, que se confessa "amigo de toda uma vida" do responsável das águias, explica a O JOGO aquela que é a sua visão do que foi feito.
"O maior feito do Luís [Filipe Vieira] no Benfica foi levar o clube do menos zero até ao que é hoje. Espero que continue e que tenha força anímica para continuar pois tem feito um excelente trabalho", refere Mário Dias, que coloca o presidente das águias na história. "Se o progresso se mantiver, ele vai com certeza ser recordado como o maior ou, pelo menos, um dos maiores presidentes do clube. Foi crucial na construção do estádio e no desenvolvimento do centro de estágios, além de tudo o resto. Soube rodear-se de pessoas capazes, como Domingos Soares Oliveira, que é um craque na sua área, um homem ponderado e aceite por toda a gente", analisa o ex-vice.
A acompanhar Vieira há muitos anos, Mário Dias destaca a tenacidade do mesmo, embora reconheça que, há quinze anos, não adivinharia o presente. "Hoje seria fácil dizer que antevia que isso fosse possível mas, naqueles momentos tão conturbados que se viviam não era possível prever isso. Mas uma coisa era certa: tinha enorme confiança e já lhe reconhecia na sua vida profissional grande valor e grande capacidade de concretização de coisas. O Luís sempre foi um visionário mas daqueles que concretiza as coisas, não dos que só pensam e sonham sem criar os meios ou os momentos", frisa Mário Dias, que também lembra a importância da construção do Estádio da Luz e o peso de Vieira na decisão
. "Há 15 anos ele foi uma lufada de ar fresco no Benfica. Na altura era quase pontapé e estalo para se poder avançar para a construção de um estádio, era uma luta insana que parecia não ter fim. Foi graças à minha persistência e a boa ajuda dada pelo Luís que o estádio foi feito. O projeto financeiro estava aprovado pelos bancos mas a direção não deixava seguir; depois entrou o Luís, que é uma pessoa inteligente, que via que o estádio velho não dava nenhum retorno", recorda Mário Dias.