
Gustavo Sá
LUSA
Rui Borges vibra no Egito com o talento de Gustavo Sá. Médio brilhou no 4-0 ao Estoril, atingindo 80 jogos pelos minhotos e igualando registo de golos. O internacional sub-21 português valia três milhões quando chegou à primeira equipa, hoje está cotado em 16, sendo alvo apetecível em muitas paragens. Moralizado, reencontra o FC Porto, onde cumpriu parte da sua formação.
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Gustavo Sá prossegue no seu trilho, um predestinado que saltou carruagens até se fixar na equipa A do Famalicão, atingindo na goleada sobre o Estoril os 80 jogos ao serviço dos minhotos, isto com apenas 21 anos. Num jogo já com essa marca redonda, o criativo ainda juntou um remate certeiro, atingindo os quatro golos na época, fasquia que alcançou em 23/24 e 24/25. Prematuro, sagaz agitador, refinado executante, o médio-ofensivo é um líder, que já descolou de qualquer argumentação de tenra idade. É um jogador feito, poderoso em todo o campo. Qualquer visita ao Dragão também o conduz por memórias que viveu no FC Porto. E a Taça é uma montra, onde os famalicenses aspiram fazer figura, independentemente do rival.
Rui Borges, hoje diretor-desportivo dos egípcios do ZED FC, foi diretor-geral da formação do Famalicão, apreciando o requinte de Gustavo Sá dos 16 aos 19 anos. O momento do médio é bem assimilado. "É muito confiante nas suas capacidades, forte psicologicamente, não se deixa influenciar externamente. O seu crescimento nada surpreende, é resultado da inteligência tática, capacidade técnica e poder de decisão, para marcar e assistir", observa, ciente que a continuidade no clube alavancou maior influência. "Manteve a consistência, mesmo com o burburinho à sua volta. Vive processos coletivos claros, uma sistematização de jogo, a sua evolução tem sido a previsível", atesta, reforçando que a Seleção sub-21 também o ajuda a "interpretar e organizar o jogo".
Rui Borges rejubila com a sorte de o Famalicão ter um génio da sedução, que finaliza ou assina desenhos magistrais. "Os números traduzem essa evolução eficiente, mas a influência do Gustavo vai além, pois cria espaços, participa na construção e equilibra a equipa. É um dos melhores médios do campeonato, um jogador apetecível para se afirmar em contextos superiores, cá ou no estrangeiro. Só é surpresa ainda não ter acontecido".
