Mbemba fez, frente ao Rio Ave, mais um golo do FC Porto no campeonato na sequência de um lance de laboratório.
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Mais de 20 por cento dos 60 pontos conquistados pelo FC Porto no campeonato surgiram graças ao elevado aproveitamento da equipa dos lances de bola parada.
Mbemba foi o autor do remate certeiro contra os vila-condenses, alcançado após um canto de Alex Telles, fazendo aumentar para 20 o número de golos que tiveram origem nas denominadas jogadas de laboratório
Grandes penalidades, cantos e livres renderam um total de 14 pontos, o último dos quais obtido no fim de semana, contra o Rio Ave, revelando-se determinante para o empate (1-1) que manteve os dragões isolados no topo da classificação.
Mbemba foi o autor desse remate certeiro contra os vila-condenses, alcançado após um canto de Alex Telles, fazendo aumentar para 20 o número de golos que tiveram origem nas denominadas jogadas de laboratório. Tendo em conta que os portistas já festejaram por 50 vezes na competição, o peso daqueles lances (40%) é indesmentível.
Na contabilidade pontual efetuada por O JOGO só cabem os golos de bola parada obtidos em oito jornadas do campeonato, mas, na verdade, o FC Porto festejou desta forma num total de 17 rondas - a competição leva atualmente 24. A única diferença para os restantes é que, pelo facto de a equipa também ter marcado de bola corrida nesses jogos, não foram cruciais na obtenção de pontos. Um bom caso é o golo de Zé Luís, no Estádio da Luz, contra o Benfica, apontado na sequência de um canto, que foi fundamental para abrir caminho à vitória (2-0). Contudo, neste exercício perde importância pontual porque Marega marcou mais tarde num jogada desenhada por Otávio.
Ainda assim, não faltam exemplos do peso deste tipo de jogadas no resultado final dos jogos do FC Porto. O maior terá sido na deslocação dos azuis e brancos a Portimão, logo na quinta jornada. Na altura, uma grande penalidade cobrada por Alex Telles e um canto desviado por Marcano para o interior da baliza dos algarvios, somados a um golo de bola corrida alcançado por Zé Luís, renderam três pontos. Porquê? Simples: sem eles, a equipa de Sérgio Conceição teria perdido por 2-1. Com o Rio Ave (canto), Sporting (canto), Benfica (penálti) e Boavista (livre), por exemplo, os lances de laboratório "só" renderam dois pontos, porque, se não tivessem sido concretizados, o encontro teria terminado com um empate. Frente ao Marítimo (canto), ao Belenenses (penálti) e ao Rio Ave (canto) o aproveitamento foi de um ponto, porque evitaram desaires.