Dirigentes leoninos não pretendem "comentar" publicamente os receios eslovacos, interpretando a divulgação dos mesmos como uma forma de pressão e salvaguarda futura.
Corpo do artigo
As palavras do diretor-geral do Slovan Batislava, Ivan Kmotrik, a suscitar dúvidas quanto à capacidade do Sporting em honrar com o pagamento acordado de seis milhões de euros - componente fixa - por Andraz Sporar caíram mal em Alvalade, onde, segundo O JOGO apurou, não se vislumbram dificuldades financeiras para cumprir o estipulado.
Aliás, apesar de o Sporting oficialmente ter recusado "comentar as afirmações" do dirigente eslovaco, a verdade é que o nosso jornal apurou que a liquidez da SAD permite-lhe honrar o próximo pagamento, que está previsto apenas para junho deste ano.
NÃO SAIA DE CASA, LEIA O JOGO NO E-PAPER. CUIDE DE SI, CUIDE DE TODOS
Em Alvalade, a posição de Kmotrik foi vista, à semelhança do que aconteceu no momento da transferência de Sporar - quando o acordo estava praticamente estabelecido, o dirigente ainda falava do interesse de vários emblemas italianos, franceses e escoceses do dianteiro -, como uma forma de pressionar o Sporting, isto depois de o clube ter efetuado um avultado encaixe financeiro com a transferência de Bruno Fernandes e pretender reforçar em qualidade o elenco de Rúben Amorim na próxima época.
"Até ao momento recebemos apenas 950 mil euros do Sporting..."
Com a propagação da pandemia covid-19, o receio de Kmotrik é semelhante ao de outros clubes, daí que tenha suscitado as dúvidas infundadas, dizem em Alvalade, em torno do acordo estipulado. "Até ao momento recebemos apenas 950 mil euros por parte do Sporting. O montante fixo da transferência foi fixado nos seis milhões de euros. E, francamente, estou preocupado com o impacto da crise [covid-19] e se o Sporting será capaz de cumprir as suas obrigações", atirou Kmotrik em declarações ao jornal SME.
Sporar, refira-se, chegou a Alvalade em janeiro último a troco de seis milhões de euros, mais uma componente variável de 6,6 milhões de euros, os quais correspondem a um milhão por cada campeonato ganho pelos leões nas próximas cinco temporadas, e o remanescente, 1,6 milhões de euros, em função dos acessos à Liga Europa e à Liga dos Campeões.