S. João de Ver operou reviravolta épica na compensação: "Vitória da alma e da crença"

João Castro
Sporting Clube de São João de Ver
Médio João Castro marcou um dos golos da reviravolta contra a Sanjoanense (2-1). O jogador, de 24 anos, que fez formação no V. Guimarães, reconheceu que vencer no último minuto "é sempre diferente e sabe melhor", mas só faz sentido se o S. João de Ver voltar a vencer o Marco 09.
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Foi épico! Ao fim dos 90 minutos, o S. João de Ver perdia em casa contra a Sanjoanense, mas um golo de João Castro e outro de Erick permitiram aos malapeiros a reviravolta na compensação. "Foi uma vitória da alma e da crença. Queríamos dar uma resposta ao resultado negativo contra o V. Guimarães B. Sabíamos da importância deste jogo, não só para nós, mas também para os adeptos por ser um dérbi. Sofremos o 1-0 contra a corrente do jogo, pois a equipa estava bem e, depois, demos as mãos e acreditámos muito em dar a volta na compensação", recordou João Castro.
O médio assume que estas vitórias valem mais do que três pontos. "A malta toda a abraçar-se, um sentimento único, uns a correr para cada lado e algumas lágrimas, independentemente de ter sido só um jogo. Uma vitória no último minuto significa muito e ganhar desta forma é sempre diferente e sabe melhor", enalteceu o jogador, de 24 anos, destacando que voltar a vencer quase dois meses depois só faz sentido se a equipa der sequência a este momento. "Não ganhávamos desde o jogo contra o Braga B. Tivemos uns empates seguidos, principalmente na Trofa, em que sofremos um golo no último segundo, que custou muito, mas estávamos a trabalhar para isto. Esta vitória só faz sentido se formos ao Marco e vencermos de novo", frisou.
Apesar deste triunfo, o S. João de Ver permanece no último lugar da Série A da Liga 3, em igualdade pontual com a Sanjoanense e o Marco 09, pelo que João Castro aponta somente à permanência. "O objetivo é claramente a permanência. Faltam cinco jogos, temos três deles em casa, em janeiro, e sabemos da importância de ganhar o próximo. Temos as nossas ambições e sonhos porque o S. João de Ver nunca conseguiu qualificar-se para a fase de subida, mas neste momento só está no nosso pensamento a segunda vitória consecutiva, algo que também ainda não conseguimos esta época", salientou.
Com 13 jogos e dois golos marcados, o médio revelou que assinar pelo S. João de Ver foi uma boa escolha, depois de na época passada ter perdido espaço no Feirense e, na segunda metade da época, ter descido de divisão no Anadia. "O ano passado foi atípico, não correu como esperava. Este ano queria vir para um projeto que as pessoas me quisessem muito para me valorizar e voltar a ser feliz. Espero fazer mais golos e ajudar. Estou num clube onde me sinto bem", frisou o médio, que se definiu como "híbrido" por poder jogar como 8, 10 ou avançado interior".
Guimarães no coração e o irmão como ídolo
Natural de Guimarães, João Castro fez boa parte da formação no Vitória, onde partilhou balneário com Tomás Handel, Dani Silva e André Almeida.
"O Vitória é o clube da minha cidade, do meu coração e marcou-me muito, não só pelo que significa para mim, mas também para a família. Tive também dois anos especiais em Fafe, onde consegui a subida à Liga 3 e estreei-me como sénior; o Pevidém, no CdP, permitiu-me dar o salto para o Feirense, da II Liga", contou o médio.
