Antigo dirigente do Benfica voltou a tecer críticas ao líder encarnado.
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Rui Gomes da Silva, antigo dirigente do Benfica que já anunciou que se vai candidatar às eleições de outubro do clube da Luz, voltou, esta segunda-feira, a tecer duras críticas ao presidente Luís Filipe Vieira, desta feita por conta da reprimenda que deu aos jogadores no balneário após o empate (0-0) frente ao Tondela, no Estádio da Luz.
"De facto, o FC Porto só lá poderá chegar [ao título] pela pressão ou por erros nossos! Como o erro da divulgação do relato da forma como o presidente do Benfica se terá dirigido aos jogadores no fim do jogo com o Tondela. Apelidando-os de ingratos, por não terem correspondido ao seu esforço em ter pago os ordenados. (...) Vieira nunca se preocupou com a perda de pontos, mesmo em momentos decisivos (e eu presenciei alguma dessa indiferença por resultados bem mais comprometedores que este), por isso, a sua preocupação só pode estar relacionada com o ato eleitoral. O problema é que uma atitude destas só resulta se for feita em privado - sem divulgação pública - e quando essa presença seja vista como uma situação de exceção", assinala Gomes da Silva, prosseguindo:
"No Benfica, as vitórias são dos jogadores e as derrotas dos diretores! Foi isso que nos fez grandes! Vieira devia ter aparecido no final do jogo com o Tondela a defender o grupo, a entender a insatisfação com o resultado por parte dos sócios e a dar uma palavra positiva para os jogos que faltam. Vieira devia ter comparecido junto da imprensa após os ataques ao autocarro e pinturas nas casas dos jogadores, repudiando essas acções e prometendo toda a colaboração do Benfica. De viva voz", acrescentou o ex-vice das águias, que fala ainda sobre o rival FC Porto, que vê "muito fraco" após a derrota (2-1) em Famalicão.
"Mesmo jogando menos, como fizemos na quinta-feira, somos incomparavelmente superiores a uma equipa falida, sem ideias, sem massa crítica, sem treinador e sem jogadores que possam fazer a diferença! Perder um campeonato contra um FC Porto tão fraco como este seria uma enorme vergonha", assevera Rui Gomes da Silva.