Rui Duarte: "Eu fico contente é com os adeptos, esgotaram os bilhetes em duas horas"
Declarações do treinador Rui Duarte na antevisão do V. Guimarães-Braga, da 33ª jornada da I Liga
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O rendimento do último jogo indica que será o Abel Ruiz o titular?
Eu fico contente é com os adeptos, que esgotaram os bilhetes em duas horas. Essa é uma mensagem importante que acreditam muito. Temos de fazer o nosso trabalho, seja com Abel, Banza ou com os dois. Já jogaram assim no passado, até comigo no primeiro jogo. Temos de mostar aos adeptos que queremos tanto como eles.
Como se vê afastado deste jogo, por aquela expulsão com o Casa Pia?
Muda um bocadinho, queria estar a viver o jogo, fazer aquilo que é a minha profissão, a razão do meu trabalho diário. Mas sei que a equipa não vai abanar por isso, todos sabem a sua tarefa, o que têm de fazer. A equipa técnica está imbuída na partilha, todos competentes, estão identificados com tudo o que temos de fazer. Estamos convictos que o jogo não correrá mal por causa disso. É algo que não entra na cabeça, a informação chegará aos jogadores esteja onde estiver. Se tiver de ser de outra forma será! Vamos fazer tudo pelos três pontos e alimentar o sonho do terceiro lugar que é possível.
Como se joga um dérbi por dois treinadores que sabem que não estarão nos respetivos bancos na próxima época?
A nossa função é desempenhar em cada momento apaixonadamente a profissão. É assim que vivo a minha vida. Não penso nisso, não vai mudar, não penso na próxima época, não é algo que me tire o sono.
Sente que podemos ver o melhor Braga da era Rui Duarte em Guimarães, até pelo clique da forma como foi conseguida a última vitória?
A semana foi igual, um ambiente saudável de quem quer ganhar. Temos uma equipa recheada de talento e qualidade, temos de trabalhar muito para conseguir os objetivos, seja contra quem for. Todas as equipas jogam bastante bem na nossa Liga. Temos de correr muito e igualar o Vitória em muitos aspetos para que o nosso talento entre realmente ao serviço da equipa. Tenho um entusiasmo enorme em dar o treino, em ver a filmagem do treino para ver o que não correu bem. Acompanho o processo, vejo tudo ao pormenor. Este é um jogo que mexe mais com os adeptos, que têm dado uma resposta firme. Isso apaixona-me ainda mais, quero dar uma grande alegria às pessoas. Claro que é evidente que estamos num processo evolutivo, há margem para acrescentar pormenores. Não temos fixado um onze, quem entra tem correspondido. Tem havido progressão, se houvesse regressão é que algo estava mal.
Hoje em dia, o Braga pela força que ganhou na Liga e pela aproximação aos grandes, acusa mais pressão de vencer o Vitória?
Perder aqui é sempre duro, temos aqui condições inacreditáveis, o presidente fez um trabalho incrível e estes jogadores têm tudo. Temos de fazer as coisas acontecerem e perder é algo que nos custa muito, dói muito. Eu saí daqui doente no final do jogo com o Arouca, nem comi. Há um significado grande, são jogos especiais para toda a gente, são dérbis da região com grande impacto. Queremos ganhar, mostrar que somos melhores, que queremos andar em cima e não olhar para baixo. Não chega só a qualidade, isso é na construção do plantel, depois é preciso criar um espírito de equipa muito forte e é, por aí, que temos de estar preparados para jogos deste nível