Palavras de Rui Costa esta terça-feira, numa entrevista concedida à BTV.
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Balanço do mercado, com 92,4 M€ de encaixe e 69 M€ de vendas: "Foi ida ao mercado equilibrada. Na tentativa de equilibrar contas, apontando à planificação em termos desportivos, mais do que olhar para os números. Acredito, e repito, estou satisfeito com o mercado. Trouxe mais-valias para o plantel, mais soluções, e foi feito de forma equilibrada. Muito positivo mesmo."
Confiança: "O que vai ditar se foi bem ou mal feito é o campo. Acabamos todos com a consciência de ter feito um plantel forte. É o essencial. Tentou criar-se uma dinâmica internamente que é seguir o que queremos para o futebol do Benfica. Já nos deu dois títulos, o campeonato nacional e a Supertaça. Está a ser seguido à risca para que nada falhe e para que possamos ser melhores dentro de campo. Este mercado é ótimo, com chegada de jogadores de nível internacional, que vêm completar o que foi feito no ano passado. É um treinador que tem feito trabalho fenomenal, deu-nos a Supertaça este ano. Temos de confiar no que acredita que pode fazer, já deu provas, é o nosso treinador e já deu provas de saber o que está a fazer. Estamos mais do que prontos para enfrentar este ano. Grau de satisfação de Schmidt só pode ser bom, foi tudo feito em consonância, em conjunto. Ambas as partes estão satisfeitas."
Ano duro: "No panorama interno e internacional, fomos dois anos consecutivos aos quartos de final da Liga dos Campeões. Reconhecendo as dificuldades, é nossa obrigação sermos ambiciosos. Ficou-nos um sabor amargo, acreditávamos que podíamos chegar mais longe, seria o recorde do clube. Não podemos tirar os pés do chão, mas ao mesmo não ambicionar que um dia possa acontecer, pode ser amanhã pode ser daqui a dez anos. O melhor do clube é também olhar para o panorama internacional."
Objetivos para 2023/24: "Em termos internos revalidar o título é sempre mais difícil que conquistá-lo. É ano de mudanças, pelo que implica em termos internacionais. Se estou satisfeito com o que vi estas quatro jornadas, não estou, não vou pisar o que toda a gente viu. Temos de estar sempre alertas, procuramos que ganhe o mais forte dentro de campo. Mais que surpreendido, preocupado. Em ano importante para a Liga dos Campeões, não deixa de ser importante para a discussão dos direitos televisivos, para bons espectáculos temos de mudar muita coisa em Portugal. O que se passou no Dragão não é a melhor maneira de vender o futebol nacional, iremos ter mais dificuldade em angariar os valores desejados dos direitos. Iremos fazer o melhor que nos compete em campo, procurando que haja justiça, clareza no futebol português, que situações dessas deixem de existir definitivamente no nosso futebol."
Formação no plantel: "Faz parte do projeto ter um número de jogadores que saem da formação no plantel, este ano perdemos o Gonçalo e temos nove, não estão lá para completar o plantel. Alguns já se assumiram, outros estão assumir-se, são jogadores que nos dão mais-valia enorme ao clube, trazem mística, vontade e querer. Procuramos que todos os anos consigamos ter um número substancial. O deste ano é um número que nos agrada e que possa sempre subir."
Mensagem final: "Venho sempre fazer esta entrevista depois do mercado. Depois de sermos campeões nacionais não quis fazer nenhuma entrevista, pois treinadores e jogadores eram os protagonistas, mas quero agradecer o apoio a esta direção, à SAD, todo o apoio que me deram para cada manobra; ao Lourenço Coelho pelo trabalho desenvolvido no Benfica Campus e ao Rui Pedro Braz pelo trabalho no mercado que foi excelente. Ganhámos todos e perde o presidente. Por fim agradecer aos adeptos. Se o que fizemos no ano passado foi possível, foi muito possível pela onda criada pelos adeptos."
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