Palavras de Rui Costa esta terça-feira, numa entrevista concedida à BTV.
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Jogo entre FC Porto e Arouca: "Mais do que surpreendido, preocupado. E num ano que é importante para os clubes por causa da Champions, não deixa de ser um ano também importante para aquilo que é também a discussão sobre direitos televisivos. Se estamos à procura de bom espetáculo para vendermos os direitos do nosso campeonato, teremos de mudar muita coisa no nosso futebol. O que se passou no Dragão não é a melhor forma de vender o campeonato nacional, iremos ter mais dificuldade em angariar valores necessários para os direitos televisivos. Da nossa parte iremos procurar fazer aquilo que nos compete, ser melhor que adversários dentro de campo e procurar que haja justiça, clareza e que situações como aquela deixem de existir."
Arranque do campeonato com reparos: "Se me pergunta se estou satisfeito com o que tenho visto nestas quatro jornadas, evidentemente não estou. Não vou estar aqui a pisar aquilo que já toda a gente viu e falou, iremos estar sempre alerta e vamos ser sempre um clube que procura que o campeonato se desenrole em campo e que quem ganhe seja o mais forte e é o que vamos procurar fazer, joguemos os minutos que joguemos."
Champions: "Nós chegámos por dois anos consecutivos aos quartos de final, começando por aí sabemos o quanto é difícil chegarmos a uma final, mas reconhecendo essas dificuldades é nossa obrigação sermos ambiciosos e iremos lutar até à exaustão para chegar o mais longe possível. No ano passado chegámos aos 'quartos', mas ficou um amargo de boca porque acreditávamos que podíamos chegar mais longe. Não devemos em momento algum tirar os pés do chão e saber a dificuldade que é chegar a uma final da Liga dos Campeões, mas ao mesmo tempo não ambicionar para que seja possível um dia isso acontecer. Esse dia pode ser amanhã ou daqui a uns anos. É obrigatório no Benfica trabalhar-se para o melhor do clube e o melhor é também olhar para o panorama internacional. Em termos internos, partimos logo do princípio que revalidar um título é sempre mais difícil do que conquistá-lo, sabemos que somos o alvo a abater. E é um ano particular, de mudanças de Champions e a implicância que tem em sermos ou não campeões nacionais, é outra."
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