Declarações de Rui Costa esta terça-feira, em entrevista à BTV.
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Lucas Veríssimo: "Esteve ano e meio parado no Benfica derivado àquela dramática lesão que lhe impede a continuidade da titularidade no Benfica e na seleção, com perspetivas de ir ao Mundial. Depois de estar parado ano e meio era essencial poder estar numa outra situação que não de quarto central no Benfica. A dupla titular é a mesma do ano passado, sempre que foi preciso mexer foi Morato a assumir esse papel, portanto o Lucas era praticamente o quarto central da equipa. Não era legítimo, nem para ele nem para nós, condená-lo mais um ano a este estatuto. Decidimos o empréstimo dele ao Corinthians, voltou ao Brasil, ele também queria isso. Neste momento, já está a jogar e está a jogar bem. De referir que fizemos um empréstimo sem opção de compra precisamente para estudarmos todas as soluções no final do ano. Pretendemos que ele consiga recuperar a forma dele, que volte a ser feliz porque estava obviamente triste por não ser utilizado. Dar uma nota importante: naquela parte final do campeonato, em que foi preciso lutar muito para segurar o título, o Lucas sem ter utilização em campo foi dos jogadores mais influentes do balneário do Benfica. Esta nota positiva ao comportamento dele tenho que a fazer porque ele merece. Continua a fazer parte dos nossos quadros e no final do ano iremos avaliar o futuro do Lucas dentro do Benfica. Acima de tudo, uma palavra de grande respeito e profissionalismo para este jogador, que se não tivesse tido aquele azar era com certeza hoje um dos titularíssimos do Benfica."
Schjelderup voltou Nordsjaelland: "É um jogador, sempre o disse desde o dia em que o fomos buscar, a quem apontamos muito ao futuro. Não somos só nós, porque meia Europa também o queria contratar. Tem 19 aninhos acabados de fazer. Como eu disse antes, na estratégia desportiva deste ano quisemos apetrechar muito a equipa de variadíssmas soluções, apontando muito a soluções prontas, já com maior ritmo. Se olharmos para a frente, para as três posições que jogam atrás do nosso avançado, iremos encontrar Di María, João Mário, Neres, Rafa, Fred [Aursnes], Gonçalo Guedes e ainda temos o Tiago Gouveia. Tínhamos excesso de jogadores nestas posições, o que lhe poderia causar um menor número de jogos e minutos do que ele terá que fazer nesta idade. Portanto, apontamos muito ao futuro deste jogador. Não esquecer também, quando olhamos para os nomes nestas três posições, Di María tem só um ano de contrato, Guedes tem só um ano de contrato e Rafa está no último ano de contrato. Portanto, logo aqui temos três jogadores, não sabemos se conseguimos ficar com eles ou não, mas neste preciso momento estão no seu último ano de contrato com o Benfica. Apontando ao futuro do Schjelderup, seria inútil ele ficar cá numa posição de jogar poucos minutos e procurámos então uma solução onde ele pudesse continuar a sua evolução para poder contar no próximo ano no Benfica. Dentro das soluções viáveis que tínhamos para o Schjelderup, uma delas era o regresso a casa, onde ele se sente bem e para onde preferiu ir, com uma vantagem financeira para o clube. A ida dele para o seu emblema anterior permite reduzir 2,5 M€ à sua transferência. Saímos todos bem desta fotografia. A transferência para o Nordsjaelland não é pelo facto dos 2,5 M€, porque ele tinha outras opções, mas conjugámos as coisas sempre com a vertente de que tem de jogar. Ficar aqui parado ia estagnar a evolução e desenvolvimento que terá de ter porque apontamos muitas baterias a este jogador e temos muita confiança naquilo que ele poderá fazer no futuro no nosso clube. Para isso era preciso dar-lhe ritmo este ano para poder fazer parte à séria do plantel do próximo ano. Este é o nosso objectivo inicial e é assim que estamos a planear a carreira interna do Schjelderup no nosso clube."
Paulo Bernardo, Tiago Dantas, Martim Neto e Henrique Araújo cedidos: "Faz parte da estratégia. Quando me referi inicialmente da estratégia para estes anos, o empréstimo dos nossos jogadores da formação é mais um item. Aliás, procuraremos cada vez mais que estes empréstimos sejam feitos apenas com jogadores da nossa formação. Neste momento temos quatro emprestados: o Paulo, o Tiago, o Martim e o Henrique. Acreditamos ainda que possam vir a ser jogadores da equipa principal do Benfica e, portanto, não estarem parados no nosso clube sem ter a utilização devida para a evolução que precisam neste momento. Depositamos esperanças, vai tocar a eles mostrarem-se para podermos analisar se voltam ou não para o ano, mas isso já é algo que eles terão que mostrar em campo, não há outra forma de dizer isto. À medida do que fizemos com o Florentino, que é um caso emblemático daquilo que tem sido o empréstimo de jogadores da formação e que hoje tem a importância que tem no plantel principal. São quatro jogadores em quem confiamos muito ainda e vai tocar a eles mostrarem-nos que têm condições para voltar."
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