Encarnados querem faturar com a venda definitiva de alguns jogadores emprestados para valorizar... a formação.
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O arranque da temporada já permitiu perceber que alguma coisa estava a mudar na política desportiva da SAD benfiquista, mas o seguimento para os próximos mercados terá como base uma visão muito diferente do que se verificava nas épocas anteriores.
Agora, as novas diretrizes dadas por Rui Costa, em acordo com o diretor-geral Rui Pedro Braz e com aval diretivo, apontam para um corte a direito no lote, normalmente extenso, de jogadores emprestados.
A intenção passa por poupar milhões em contratações para "rodar" e respetivos salários, com um benefício definido para a... formação.
Atualmente, o Benfica tem uma lista de sete jogadores cedidos que estão no mercado para venda definitiva (ver quadro em anexo), tendo os cofres encarnados suportado as suas contratações (transferências ou "custos zero") num total que ascende a cerca de 40 milhões de euros (só Carlos Vinícius custou 17 milhões). Alguns terminam a cedência no último dia do corrente ano, como é o caso de Conti, que custou 4,7 milhões e pode ficar no Bahia por menos de 2 M€, enquanto o já referido Vinícius foi cedido por duas épocas, com compra obrigatória de 12 milhões de euros, além de 2,5 de taxa de empréstimo.
Nos últimos anos, durante os mandatos de Luís Filipe Vieira, muitos foram os jogadores contratados e que depois foram colocados de imediato em outros clubes, porque não interessavam aos treinadores ou por serem vistos como fonte de rendimento futuro. Rui Costa quer acabar com este cenário, de chegar a meio ou ao fim da época com 20 ou 30 jogadores para colocar. Pretende, antes, canalizar os milhões a poupar no reforço efetivo do plantel e, sobretudo, dirigir o esforço de colocação de jogadores para as cedências de jovens formados no clube ou atletas que não cabem atualmente no plantel mas são vistos como potenciais mais-valias na temporada seguinte (Chiquinho é um destes casos).
Entende-se agora na Luz que o empréstimo é uma ferramenta de valorização dos jovens que ainda não têm espaço no plantel principal mas a quem lhes é reconhecido potencial para evoluírem, em competição noutros emblemas, para serem reintegrados mais à frente nas suas carreira. Há vários jogadores já com este rótulo (ver quadro em anexo), mas a lista irá ter mais nomes no final da época porque é defendido que estes poderão ganhar maior experiência fora do ambiente da equipa B, principalmente no caso de atletas que já cumpriram duas épocas ou perto disso neste escalão.