Último reduto das águias vale agora 20,9 por cento dos tentos da equipa, quando na época passada tinha faturado apenas 6,1%.
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Menos goleador do que na temporada passada, com 43 golos atualmente para 49 em 2020/21, o Benfica mostra-se curiosamente mais diversificado este ano na hora de finalizar e, por isso, menos dependente do seu ataque.
Isto porque os defesas assumem agora também responsabilidade na frente e contabilizam assim um peso muito superior ao que sucedeu na época transata.
As águias têm para já nove golos da autoria de jogadores do sector mais recuado, num total de 43 tentos nos primeiros 21 desafios, quando em período idêntico em 2020/21 os defesas tinham faturado apenas por três ocasiões. Os golos dos jogadores mais recuados triplicaram assim, sendo que o peso também disparou naturalmente, passando de apenas 6,1 por cento para 20,9% na presente temporada.
Grimaldo foi o mais recente defesa a fazer a diferença na frente, tendo aberto o marcador no triunfo por 6-1 sobre o Braga, no último jogo antes da pausa nas competições para os compromissos das seleções nacionais, desequilibrando a balança a favor dos laterais. O camisola 3 tem agora dois golos e juntou-se a Gilberto. A importância dos laterais subiu também claramente esta época, pois são para já cinco os tentos dos alas (André Almeida tem um golo). Os centrais contabilizam nesta altura quatro, com grande destaque para Lucas Veríssimo. O camisola 4, que se lesionou com o Braga e é baixa de vulto, uma vez que não voltará a jogar nesta temporada, festejou por três ocasiões, enquanto Morato fez um golo.
Os laterais valem agora 11,6% dos golos obtidos pelo Benfica, quando na temporada passada tal peso era apenas de... dois por cento, fruto do tento de Grimaldo, logo na primeira jornada do campeonato, no 5-1 ao Famalicão. Já os centrais, mesmo apesar de serem agora ultrapassados pelos alas na finalização, subiram também a sua importância, pois passaram de um peso de 4,1 por cento na temporada anterior para 9,3%.
Um dado de relevo é também o facto de os três golos marcados em 2020/21 pelos jogadores do sector mais recuado terem sido todos de bola parada. O de Grimaldo foi de livre direto, enquanto os de Rúben Dias e Vertonghen surgiram de cantos. Já este ano, apenas três, e todos dos centrais, foram na sequência de bolas paradas: ante Moreirense e Estoril, no caso de Lucas Veríssimo, e Bayern, por Morato.
Curiosamente, os últimos jogos têm sido de forte destaque para os defesas, pois houve golos dos atletas deste sector nos derradeiros três encontros disputados. Antes de Grimaldo, com o Braga, Morato marcara na goleada sofrida por 5-2 com o Bayern, em Munique, e Lucas Veríssimo no 1-1 com o Estoril.