Declarações à Sport TV de Rui Borges, treinador do V. Guimarães, após o empate 1-1 na receção à Fiorentina, esta quinta-feira, para a sexta e última jornada da fase de liga da Liga Conferência
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O Vitória, durante 70 minutos, foi mais equipa. O que faltou para manter a vantagem? “Penso que fizemos um grande jogo, 90 minutos, não foi 70 minutos. Penso que fomos a equipa que criou mais situações de finalização, mais situações reais de perigo, eles têm duas, uma na segunda parte, que seguia isolado, que o Varela faz uma grande defesa, e tem a situação do golo, que vem de segundas bolas. Faltou-nos ali algum, se calhar, rigor defensivo e acabaram por ser mais felizes nesse sentido, depois também com o ressalto sobre a defesa do Bruno. É um grande jogo, acima de tudo, a equipa manteve a sua atitude competitiva, fomos intensos, pressionámos alto, mesmo a ganhar, nunca abdicámos de querer jogar o jogo, de querer ir à procura do segundo golo, por isso, é um grande jogo, acima de tudo, feliz porque conseguimos ter consistência naquilo que é a nossa qualidade de jogo, e seguir em frente com a grande caminhada que temos feito, e agora no mata-mata, por isso, temos de ser ainda mais consistentes nessa parte do jogo."
Satisfeito pela capacidade de contra um adversário como a Fiorentina? “Estou satisfeito desde sempre, não só no jogo de hoje que eles têm demonstrado, têm demonstrado todos os jogos. Jogo após jogo temos crescido, têm-se divertido em campo, que é isso que eu digo muitas vezes. Eles são felizes a jogar, têm prazer a jogar, têm feito grandes jogos, temos vindo a crescer, hoje não fugiu a isso, jogámos contra uma grande equipa europeia, há malta que foi muito competitiva acima de tudo, e vamos ser sempre, independentemente do adversário, e hoje também, principalmente até na segunda parte, acho que eles foram um pouquinho mais agressivos e mais intensos na pressão, porque foram atrás do resultado, a jogar com dois avançados, muito difícil para a nossa linha defensiva, foram uns guerreiros, combateram-se muito bem, acabámos por sofrer um golo numa segunda bola, num lance de parada e, por isso, feliz com aquilo que crescemos, e acredito mesmo que o futuro será risonho.”
Gustavo Silva, no golo, revelou-se um autêntico ponta-de-lança: “Sim, o Gustavo tem características muito próprias, é claro que nós, para o pôr ali, acreditamos que ele pode dar-nos coisas diferentes, como tem dado. É um jogador que tem golo, entrega-se ao jogo de início ao fim, tem intensidade, é competitivo, é de jogadores que nós queremos e gostamos, por isso é que está aqui, é jogador à Vitória, tem sido feliz, como todos os outros, mas sem a ajuda dos outros não era possível. Também se adaptou muito bem ao grupo, à equipa, ao clube, à cidade, e vai ter um futuro muito risonho também pela frente.”
Mesmo empatando, o Vitória acaba em segundo lugar. Qual é a importância disto? Olhando para a tabela da Liga Conferência, com tantas equipas, só o Chelsea é que conseguiu terminar esta fase de liga à frente do Vitória: “Dignifica, acima de tudo, o clube que representamos, merece esta representação, merece este louvor por tudo que temos feito, merece esta caminhada feliz que temos tido aqui na Liga Conferência. Engrandece também o país, percebe-se que não existe só o FC Porto, Benfica e Sporting, existem outras grandes equipas como o Vitória, por isso, acima de tudo é isso, engrandece-nos a nós e ficamos muito felizes por entrar na história do clube e de uma cidade tão especial.”