Rui Borges no adeus do Moreirense: "Não me esqueço de o presidente me ter dito..."

Sobre o jogo: “Em grande, era [terminar] a não sofrer golos, mas conseguimos o objetivo principal dos 55 pontos [recorde do clube]. Fizemos menos três do que na primeira volta. Não há palavras para descrever o grupo. Este é um grupo fantástico. Cheguei à I Liga neste ano. No coletivo, conseguimos fazer ‘coisas’, cumprir pequenos objetivos, mas que, para nós, equipa de estatuto médio, são algo de extraordinário. Fico feliz por marcarmos a história do clube. Quem gosta do clube não se esquecerá de nós. Foi uma grande vitória. Fomos felizes. O [Gonçalo] Franco apanhou o ‘pico’ da bola e fez mais um grande golo. A equipa merecia a vitória. Jogámos contra uma equipa bem organizada, com bom sentido posicional. Estivemos mentalmente ligados a 100%. A equipa entregou–se. Acredito que o empate seria justo. Eles atiraram uma bola à barra. Não conseguimos ter tanta bola. Andámos mais vezes em transição. O discernimento não era o mesmo dos outros jogos, mas a equipa queria muito os 55 pontos."

Novo passo: "O próximo passo [da carreira] é seguir o meu caminho e não perder os meus ideais. Continuar a acreditar no nosso trabalho, a conquistar objetivos individuais e coletivos. Sem atropelar ninguém, temos vindo [equipa técnica] a subir patamares. Faz parte que haja cada vez mais exigência sobre nós, sobre os jogadores. Não podemos estar felizes com o que conquistamos. Em alguns momentos, vai haver desvios, mas estamos preparados para, quando as coisas não correrem bem, serem os mesmos."

O Moreirense: "Senti–me feliz e realizado. Deixo uma palavra ao nosso presidente, Vítor Magalhães, pela oportunidade que me deu, pela capacidade e coragem em me dar essa oportunidade, num momento em que estava a tirar o curso [nível IV da UEFA]. Tenho uma gratidão enorme pelo clube, independentemente do que aconteça no futuro. Fui acarinhado do primeiro dia ao último. Não me esqueço de o presidente me ter dito, antes de um jogo ao início do campeonato, que iria ser o treinador até ao final da época. Era sinal de que estava a gostar do nosso trabalho, independentemente do resultado".