Declarações de Rui Borges, treinador do Sporting, na antevisão ao jogo da primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal, frente ao Rio Ave (quinta-feira, às 20h15)
Corpo do artigo
Quando estima um regresso de Pote em 10 dias, não é um truque para surpreender o Braga? “Não é truque nenhum, eu até brinco com ele, disse-lhe no último jogo: ‘Dá para 10 minutos?’ E ele disse: ‘Se me meter a jogar...’. Mas fora de brincadeiras, se ele pudesse jogar, ia a jogo pela sua qualidade, é diferenciado, faz-nos falta e acredito que será muito importante nesta reta final de campeonato, se tudo correr bem, porque é uma mais-valia e não fugimos a isso”.
Amanhã faz o jogo 50 da época e já disputou no passado uma meia-final da Taça de Portugal, qual é a sensação: “O jogo 50 é sinal de que a época está grande (risos). Às vezes até para discursar aos jogadores é difícil, eles já devem estar fartos de mim (risos). Mas também é sinal de que estamos em grandes competições e num grande clube e isso deixa-me feliz, pelo nosso crescer enquanto equipa técnica. É uma meia-final, o Rio Ave vai agarrar-se a tudo para estar na final e eu, quando estava em escalões inferiores, nós sonhamos em estar numa final da Taça de Portugal, que tem sempre um significado diferente. Toda a gente olha para ela de forma especial e eu não fugi a isso como jogador e treinador. Se calhar, até foi algo que me deu notoriedade no Académico de Viseu, quando disputei as meias-finais e é algo que quero disputar e vencer, mas para isso temos de lá estar e vencer amanhã”.
Pior momento das lesões parece ter passado. Plantel já está disponível para trabalhar no sistema que mais gosta, em 4-3-3? Na baliza quem jogará? “Sobre o guarda-redes, eles não sabem quem joga e também não vou dizer. Sobre o sistema, eu percebo a pergunta e não quero estar sempre a dizer o mesmo, mas adaptei-me um bocadinho ao momento específico que ultrapassámos no Sporting e nós, para conseguirmos insistir em algo que queremos muito, temos de ter tempo e jogadores disponíveis e, infelizmente, não tivemos nada disso e tivemos de nos adaptar. Já ganhámos jogos em 4-3-3 e num sistema a três, isso não foge muito ao que queremos, mas não conseguimos trabalhar coisas de que gostamos muito. Mais do que desconforto, queremos criar confiança no grupo porque não temos muito tempo para treinar, então, vamos metendo alguma coisa quando dá, mas é sentir a equipa confortável e a crescer em termos de energia. Eles também começam a perceber algumas coisas de que gostamos, por isso, estou tranquilo quanto ao sistema. O jogo e os jogadores dão muitas coisas e isso é algo subjetivo, mas a ideia inicial do nosso modelo, que me trouxe até ao Sporting, estamos longe disso e temos de nos adaptar, mas isso só nos faz crescer enquanto equipa”.