Rui Borges, treinador do V. Guimarães, fez a antevisão ao encontro com o Celje, relativo à primeira jornada da fase regular da Liga Conferência e agendado para as 15h30 de quarta-feira, no D. Afonso Henriques
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Ambição na Liga Conferência: “O discurso do jogo a jogo será sempre, isso é certo. Agora, claro que temos sempre objetivos, a equipa tem demonstrado essa ambição e esse desejo. Se não pensarmos jogo a jogo, não adianta pensarmos mais lá à frente no futuro. Encaramos com muita tranquilidade e temos de perceber aquilo que o adversário vai ser capaz ou não de nos expor. É uma competição diferente, chip diferente, um bocadinho, em termos mentais, porque, de resto, eles vão encará-lo como um outro jogo, exatamente como se fosse um jogo de campeonato. Esta competição é diferente, é certo, mas também é liga, não é fase de grupos. Sabemos que para chegar àquilo que é o objetivo e o sonho de todos nós, temos que ganhar. Jogamos em nossa casa e o desejo será sempre esse. A responsabilidade existe desde o primeiro dia e desde sempre, e temos de dar o nosso máximo e representá-lo da melhor forma. É o que temos feito e é aquilo que vamos continuar a fazer amanhã, com toda a certeza.”
Novo formato da Liga Conferência: “Também é estreia para mim, tanto me fazia ser fase grupo como de Liga. São jogos diferentes, não são eliminatórias, que são um pouco mais stressantes, porque sabemos que, se falharmos, ficamos pelo caminho. Agora temos alguma margem, mas mais do que pensar nisso, é pensar no jogo de amanhã e ganhar, que é esse o desejo. Depois seguir o nosso caminho e mudar o chip para o Boavista. Temos de pensar jogo a jogo, com tranquilidade, com a mesma ambição. A ambição que estes jogadores têm demonstrado em todos os jogos, é isso que os motiva e nós treinadores também. Olhamos para a equipa e sentimos uma ambição enorme.”
Sonho na prova: “Sonho em ganhar amanhã e sonho em passar aos oitavos de final. Esse é o primeiro objetivo, porque é para isso que vamos trabalhar e é para isso que vamos entrar nesta fase da liga. Há fome de vencer, eles têm demonstrado sempre. Mesmo nestes dois resultados menos positivos que tivemos para a liga portuguesa, a demonstração de caráter e a ambição estiveram sempre lá, assim como a frustração no fim dos jogos de não conseguirmos ser aquilo nós gostámos e como temos sido. A fome deles é enorme e eles têm demonstrado sempre, todos os dias, a treinar comigo. Não vamos ganhar sempre, já disse isso, mas vamos ser sempre os mesmos, vou ser o mesmo treinador, eles vão ser os mesmos jogadores, com a mesma ambição, com a mesma vontade, com a mesma coragem. Não vão ser diferentes e são os melhores para mim. Amanhã vão dar uma demonstração do que têm dado até hoje, mesmo nos jogos que não correram tão bem como nós desejávamos. Essa ambição é também um bocadinho a imagem do clube.”
Valor do Celje: “Em termos defensivos é uma equipa bem organizada, com um bloco médio, mais pressionante e olham muito para referências. Vamos ter que ser bastante dinâmicos, proativos e dar muita mobilidade à equipa, mesmo os próprios jogadores, em termos ofensivos, têm de ter muita mobilidade, muita boa reação à perda. O Celje é uma equipa que nas transições ofensivas é muito forte, com os homens da frente rápidos, com boas tomadas de decisão, não nos expormos a essas transições, a esses contra-ataques. Em termos ofensivos, é uma equipa que tem algumas dinâmicas muito particulares, por vezes o lateral anda dentro. Acho que estamos preparados. Jogamos em nossa casa e queremos ser Vitória. Mais do que nos preocuparmos totalmente com o adversário, é preocuparmos com aquilo que seremos capazes de propor.”
Entrevista de Jota Silva a O JOGO: “Ah, estava a puxar o saco (risos). Ficamos com uma amizade grande. Li a entrevista, claro que li, porque é alguém que é muito querido para todos nós. Eu cheguei há menos tempo ao Vitória, mas para os jogadores também que já estavam e trabalharam com ele, é muito querido no clube, faz parte de nós, independentemente de já não estar cá, mas está sempre com o grupo. Tenho a certeza que está ligado a eles diariamente. É bom para mim também sentir que, de alguma forma, o carinho foi recíproco e quem de alguma formam tenha gostado de trabalhar connosco.”