No final de dezembro, os leões estavam um ponto atrás das águias, e empatados pontualmente com os dragões. Volvidos quase seis meses, o cenário é, a duas jornadas do fim da liga, muito diferente...
Corpo do artigo
Rui Borges “aterrou” em Alvalade depois do Natal, com a missão de devolver a esperança do bicampeonato aos adeptos leoninos, e de ocupar o vazio deixado pela saída inesperada de Rúben Amorim para o Manchester United, que João Pereira não foi capaz de colmatar. A aventura começou da melhor forma, com uma vitória por 1-0 frente ao Benfica, que estava na liderança da liga, com um ponto de vantagem. Os leões voltaram, assim, para a liderança do campeonato, e, pelo meio de vários contratempos provocados por lesões de elementos importantes como Nuno Santos, Pedro Gonçalves, Gyokeres, Daniel Bragança e Morita, continuaram na luta pelo título, que poderá ficar decidido no sábado, tendo chegado à penúltima jornada na liderança da classificação, em igualdade pontual com as águias.
Se, em relação Benfica, Rui Borges apenas recuperou um ponto desde que assumiu o comando técnico do Sporting, o caso é muito diferente quando o FC Porto é chamado para a conversa. Os leões somavam, à entrada para a 16.ª jornada, os mesmos 37 pontos, no entanto, volvida uma volta do campeonato desde a chegada de Rui Borges ao conjunto verde e branco, o Sporting “cavou um fosso” de 13 pontos para os dragões. No mesmo período, a distância dos leões para o Braga cresceu de 9 para 13 pontos, uma prova da forma como Rui Borges conseguiu manter o Sporting “ombro-a-ombro” com o Benfica durante metade da campanha, e deixar para trás os rivais nortenhos pelos lugares cimeiros.
O legado de Rúben Amorim no Sporting era pesado (dois campeonatos, uma Supertaça Cândido de Oliveira e duas Taças da Liga conquistados), e a estadia de João Pereira no comando técnico deixou fortes marcas emocionais e desportivas no grupo, sendo que, em oito jogos, os leões perderam por quatro vezes, frente a Arsenal (5-1) e Club Brugge (2-1), na Liga dos Campeões, e a Santa Clara (1-0) e Moreirense (2-1), na liga, e apenas venceram três encontros, frente ao Boavista (3-2), na liga, e a Amarante (6-0) e Santa Clara (2-1 após prolongamento), na Taça de Portugal. O empate sem golos com o Gil Vicente, na 15.ª jornada, fechou um ciclo pesado de João Pereira, e ditou a demissão do ex-técnico da equipa B, mas Rui Borges conseguiu inverter a tendência negativa que se vivia por Alvalade com um registo invicto de 12 vitórias e 5 empates nos encontros que orientou no campeonato.