Central, em entrevista a O JOGO, vê o capitão portista como exemplo e compreende as dificuldades que enfrenta o ex-Braga.
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Semedo agradece a forma como Pepe o acolheu no FC Porto, elogia Fábio Cardoso e mostra-se contente por Marcano se ter livrado das lesões que o apoquentaram na última temporada.
Como avalia a evolução de Fábio Cardoso?
-O Fábio é um grande profissional, um grande central. Jogando num nível top como é o FC Porto, acumulando jogos, minutos e ganhando confiança, tudo fica mais fácil. Não me surpreende, porque treinei com ele várias vezes e também já tínhamos jogado juntos nas camadas jovens. É um jogador que tem muito para dar. Acredito muito nele e acho que é uma opção de muitos anos para o FC Porto.
Só por ser capitão, Pepe tem um grande peso no balneário. Mas que importância tem para quem chega ao clube?
-O Pepe não tem importância apenas por ser capitão. É por ser o Pepe. É um exemplo de todas as formas: nas horas a que chega, nas horas a que sai, o comportamento que tem e o apoio que dá. Já me tinha cruzado com ele na Seleção várias vezes e a forma como me recebeu foi impecável. Fez-me sentir como mais um da família. É um jogador que tem o respeito de todos os portistas e não só; também dos portugueses. O Pepe é um dos ídolos que temos no nosso país. A receção que tive de todo o grupo e da parte dele, por ser o capitão e quem é, foi incrível. Ajudou-me imenso a ter paciência, por exemplo, que se calhar era um dos capítulos que não tinha muito, porque não estava habituado a estar tanto tempo sem jogar. Teve muito peso na minha vida e no homem em que me tornei.
Está surpreendido com o renascimento de Marcano?
-O FC Porto é uma família e não foi só o Marcano que sofreu. Todos nós sofremos quando ele não conseguiu recuperar e teve recaídas. O Marcano é um central de grande qualidade, isso é indiscutível. Muitas vezes não tem sorte com as lesões, mas, estando a 100%, obviamente é uma mais-valia para o FC Porto e para o campeonato português.
David Carmo está a passar por dificuldades para se impor como o Rúben. Que conselho lhe daria?
-Só um àparte: não são bem as mesmas dificuldades, porque eu não tive tantos minutos. Mas é uma transição que não é fácil. O Braga é um clube que se está a meter entre os grandes, mas é um jogador jovem e de qualidade, que já tive oportunidade de acompanhar em vários jogos. Tem de ter o que eu também não tinha muito, algo em que o Pepe me ajudou, que é a questão da paciência. Muitas vezes as coisas não correm bem, mas temos de trabalhar e a demonstrar o nosso valor, porque o futebol é isso: é mostrar todos os dias o teu valor nos treinos, chegar cedo aos treinos ou aos estágios, a forma como te alimentas... É tudo uma questão de paciência. Essa é chave para um jogador que está num dos maiores clubes do Mundo, como é o FC Porto. É a mentalidade que cada um tem de ter para poder jogar num destes clubes.
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