Rúben Amorim conquistou a Taça da Liga seis vezes e nunca perdeu um jogo na competição.
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A estreia na Taça da Liga como treinador principal foi perfeita, com um triunfo (2-1) na meia-final frente ao Sporting, mas a verdade é que bem se pode dizer que Rúben Amorim é um doutorado na competição.
Como jogador - sim, porque, como treinador, as referências ainda são curtas... -, conquistou a Taça da Liga em seis ocasiões (soma mais cinco títulos no resto da carreira: três campeonatos, uma Taça de Portugal e uma Supertaça), num registo superado apenas por Luisão, que venceu a prova sete vezes.
Mas há mais: nos 19 jogos em que foi utilizado na Taça da Liga, Rúben Amorim nunca perdeu, tendo somado 14 vitórias e apenas cinco empates.
Nos seis títulos, cinco chegaram quando representava o Benfica, sendo que no outro integrava o plantel do Braga, de José Peseiro, que derrotou precisamente o FC Porto na final da prova (2012/13). Esse é até ao momento o único triunfo da história dos minhotos na Taça da Liga, podendo Rúben Amorim ficar ligado à segunda conquista do clube, agora no papel de treinador, no caso de vencer a partida de amanhã.
Curiosamente, na final de 2013, que o Braga venceu (1-0) graças a um golo de Alan, apontado da marca de grande penalidade em cima do intervalo, Rúben Amorim não chegou a sair do banco de suplentes, isto apesar de ter sido titular nos quatro jogos que conduziram os arsenalistas até à partida decisiva. Pelo Benfica, o momento mais alto do antigo médio na prova aconteceu na final de 2009/10, novamente frente ao FC Porto, quando apontou o primeiro golo de um triunfo robusto (3-0).
Apesar do sucesso garantido na ainda curta carreira de treinador (12 vitórias, dois empates a apenas uma derrota, entre equipa principal e equipa B), Rúben Amorim não vai poder fazer a antevisão do confronto de amanhã por ainda não ter o UEFA Pro Nível IV, que lhe permitiria assumir, de forma oficial, o comando técnico de uma equipa de I Liga, pelo que, tal como já aconteceu antes da partida com o Sporting, será o adjunto Micael Sequeira a apresentar-se na sala de Imprensa. Mesmo assim, e após a meia-final, Rúben Amorim foi questionado sobre se o recente triunfo no Dragão, para o campeonato, podia ser uma vantagem para a grande final de amanhã. "Defrontar o FC Porto nunca é uma vantagem", começou por responder. "O FC Porto tem qualidade, é uma excelente equipa e um adversário muito difícil de defrontar. Eles são claros favoritos sempre que entram em campo, enquanto nós, neste caso, seremos vistos como "outsiders"... É verdade que podemos olhar para o que aconteceu nesse jogo [do Dragão] de forma a analisar melhor a forma de jogar do nosso adversário, mas o FC Porto também vai utilizar esse confronto para nos estudar", completou. Infelizmente, estas serão as únicas declarações de Rúben Amorim antes do embate decisivo com o FC Porto...
Independentemente disso, Rúben Amorim vai tentar conquistar amanhã o primeiro título da carreira de treinador, depois de ter somado 11 como jogador (dez no Benfica e um no Braga).
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As três finais contra o FC Porto
Benfica 3-0 FC Porto (09/10)
A primeira vez que Rúben Amorim defrontou o FC Porto numa final foi a 21 de maio de 2010, na Taça da Liga, ao serviço do Benfica. O agora treinador do Braga foi titular no meio-campo e até marcou o primeiro golo de uma vitória robusta (3-0), na sequência de um remate de fora da área em que Nuno Espírito Santo, guarda-redes do FC Porto, foi muito mal batido.
Benfica 0-2 FC Porto (10/11)
No início da época 2010/11, Rúben Amorim, que tinha acabado de conquistar o título de campeão pelo Benfica, voltou a encontrar o FC Porto num jogo decisivo, para a Supertaça. No entanto, desta vez a vitória sorriu aos dragões, orientados por André Villas-Boas, com golos de Rolando (3") e Falcao (67"). Rúben Amorim voltou a ser titular no meio-campo.
Braga 1-0 FC Porto (12/13)
Na única época que completou em Braga, sob orientação de José Peseiro, Rúben Amorim ajudou a conquistar a única Taça da Liga da história do clube. Apesar de ter sido titular nos quatro jogos que conduziram os minhotos até ao jogo decisivo, Amorim não chegou a sair do banco na final com o FC Porto, que acabou em triunfo (1-0) graças a um golo de Alan, de penálti, mesmo em cima do intervalo.