O presidente da ANTF volta a defender que "é uma vergonha" a promoção dos treinadores que não estão certificados para a função principal nas equipas da I Liga. "É uma habilidade dos clubes", considera
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José Pereira, presidente da ANTF, reassumiu que era "uma vergonha" a promoção a treinador principal de quem não tem o nível IV. Quando lhe perguntámos se já estava rendido depois do que Rúben Amorim tem feito, reagiu de imediato. "Nunca pus em causa a capacidade e a competência de cada treinador", esclareceu.
"A questão que se coloca e que se colocará sempre, enquanto for presidente da ANTF, é a pessoa estar ou não estar certificada, porque os regulamentos são para ser cumpridos. Nas provas da UEFA, nenhum treinador pode ir à conferência de Imprensa sem estar devidamente certificado. Não fomos nós que implementámos a lei, mas compreendemo-la e aceitamo-la. Mas que fique bem claro: não sou eu que vou aquilatar a competência dos treinadores para o desempenho das funções", reforçou.
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Considerou uma vergonha a promoção de Rúben Amorim. O presidente do Braga, António Salvador, disse que as suas declarações foram injustas. Continua a ter a mesma opinião?
-Nós não qualificamos os treinadores. Posso ter muita competência para pilotar um avião, mas, se não tiver o brevê devidamente regularizado, não posso pilotar. Não se pode fugir ao que está estabelecido. A regulamentação está feita, aceite e, inclusive, pelos clubes da Liga, a qual tem autonomia técnica, administrativa e financeira. Os seus presidentes aprovaram o Regulamento de Competições e está lá exarado que, para se ser treinador principal da I Liga, tem de se ter o IV nível, UEFA Pro. É uma concorrência desleal socorrerem-se de treinadores que não estão devidamente certificados. Isto pode levar à possibilidade de os clubes cumpridores se poderem queixar dos que não têm os seus treinadores certificados. Embora tenha um treinador com o IV nível, todos sabemos que quem exerce a função principal é quem não está certificado.