Amorim falha dois jogos e estar fora do banco não tem sido drama para o Sporting
Rúben Amorim contraiu a doença pela segunda vez, pois já esteve infetado em setembro de 2020. Na altura também foi baixa em dois jogos.
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Rúben Amorim deu positivo a covid-19, entrou em isolamento e já não orientou o treino matinal de ontem, quarta-feira, ficando impossibilitado de comandar a equipa nos dois próximos desafios: contra o Santa Clara, na Liga Bwin, e na terça-feira contra o Leça, na Taça de Portugal.
Tendo em conta que o período de isolamento no novo protocolo sanitário já em vigor, para casos assintomáticos, desceu de dez dias para sete, o técnico leonino poderá voltar no dia 12 e assim estar à frente da equipa na jornada seguinte da Liga, contra o Vizela.
O técnico, refira-se, é o oitavo caso na equipa principal desde o início desta vaga de contágios que começou ainda em dezembro. Coates, Esgaio, Tiago Tomás, Paulinho e Ugarte já tiveram alta, Tabata terá hoje, e Gonçalo Inácio está em isolamento, tal como Geny Catamo, da equipa B, mas com assiduidade nos trabalhos da principal pela qual já se estreou, contra o Portimonense. E tal como sucedeu com Ugarte e Inácio, o caso de Amorim é de uma reinfeção, já que o técnico contraiu o vírus pela primeira vez em setembro de 2020.
Ir a jogo sem o treinador principal não é novidade desde que Rúben Amorim orienta os leões. Nem algo dramático. É que entre a anterior baixa por covid-19 e os vários castigos que Amorim já teve de cumprir, o Sporting já se apresentou oito vezes sem o seu líder, não perdendo uma única vez. Sem Amorim no banco, os leões somam precisamente sete vitórias e um empate. Primeiro, por covid, Amorim falhou duas partidas no arranque de 2020/21, seguindo-se ao longo da época mais 42 dias de ausência por diversas suspensões impostas pelo Conselho de Disciplina. Na primeira, na sequência de críticas ao árbitro de um clássico contra o FC Porto, Amorim cumpriu seis dias graças à atenuante de ter feito mea culpa no fim do encontro, e aí nem sequer falhou nenhum jogo. Mas teve mais suspensões, essas sim com ausência do banco. E esteve ainda por falhar mais um jogo, mas uma providência cautelar permitiu-lhe estar no banco, na altura, contra o Rio Ave.
Tal como referido anteriormente, estar de fora não é um drama em Alvalade. Isto porque a equipa está bem mecanizada no estilo de jogo implementado pelo técnico e não se ressente, até porque há confiança total nos técnicos adjuntos - sem esquecer o papel de Coates, capitão que é considerado a extensão de Amorim no relvado.
E se no início era o adjunto Emanuel Ferro que substituia Rúben Amorim nas conferências, entrevistas rápidas e no banco, mais recentemente esse papel passou para Carlos Fernandes, o adjunto principal e um dos homens da confiança do técnico. Aos 27 anos, será este último a fazer hoje a conferência de antevisão do jogo contra o Santa Clara, às 16h30 em Alvalade, e depois será também ele a dar as instruções para o relvado durante o desafio. Ao telefone e de olho na televisão estará Amorim, em contacto com o banco e com Adélio Cândido, o mais novo da equipa técnica (25 anos), habitualmente em posição elevada, na bancada (tribuna ou camarote), a dar indicações por intercomunicador.