Gestor lembra que Sporting tem de deixar de ser um clube de amigos
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Numa intervenção na Sporting Talks, convenção na Universidade Católica sobre o clube de Alvalade, Rodrigo Roquette, gestor e comentador televisivo, admitiu que ponderou candidatar-se à presidência do clube, mas que concluiu não estar preparado para o que teria de enfrentar. "Ponderei seriamente em avançar com uma candidatura, mas esbarrei num conjunto de práticas, terrorismo comunicacional, interesses... Tive de reconhecer que eram tantas as novidades que demonstravam que eu não tinha o conhecimento profundo de coisas que lá se passavam"
Roquette pediu ainda competência e que a futura direção aproveitasse algumas propostas suas. "Isto tem de deixar de ser o clube dos amigos, dos primos... O Sporting precisa de competência. As pessoas não vão querer ir para um lamaçal. Adorava que qualquer Direção pudesse aproveitar algo que criei: uma rede de sócios anónimos, especialistas em diversas áreas do mercado, para que a Direção possa consultá-los, ouvi-los, o que seja. Há muitos sócios que querem ajudar o clube e quem não podem. Recusei ser diretor de marketing, por exemplo, mas disse que vinha ajudar. Ninguém me chamou. Há pessoas com muito valor, mas andamos sempre noutras conversas, noutras chatices e não ouvimos essas pessoas"
Quem também revelou ter pensado candidatar-se foi Paulo Lopo, presidente da SAD do Leisões. "Há uma feira de vaidades no Sporting. Eu não quero ser presidente, mas há muita gente que quer. Podíamos, com unidade, ser um clube de topo Europeu"