Saltou do banco para ajudar a evitar um trambolhão frente ao Famalicão. Chegou aos 100 golos no campeonato e assinalou o jogo 400 pelos minhotos
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Num dos piores momentos em Braga, face ao clima tenso com a equipa pelos maus resultados, Ricardo Horta ajudou a evitar o pior na receção ao Famalicão, entrando a tempo de fazer um bis que permitiu resgatar um ponto num embate em que os guerreiros estiveram muito próximos de serem derrotados, recuperando de duas desvantagens. Só faltou mesmo o triunfo numa noite com ingredientes muito especiais para o criativo, que chegou aos 100 golos na liga e atingiu o jogo 400 ao serviço do Braga, aproximando-se de romper uma história de várias décadas, por ter ficado mais perto de destronar José Maria Azevedo, recordista do clube, com 405, cumpridos entre 1955 e 1969.
Habituado ao carrossel de emoções, senhor de predicados vários, assumindo-se estratega e protagonista de grandes feitos no Minho, Ricardo Horta tem procurado reparar a reputação numa época que arrancou a pouco gás, conseguindo já juntar sete remates certeiros. A equipa é que tarda em agarrar o padrão de normalidade.
O respeito pela história de Horta em Braga, já de nove época, chega pela voz de Weligton, antigo capitão do Málaga, onde o criativo fez 56 jogos. Agora que se sabe que os minhotos têm 7 milhões a pagar aos andaluzes, em três anos, o antigo central do Penafiel pronuncia-se sobre o fim do litígio. “Era uma situação que podia ter sido evitada e definida há muito tempo. A solução foi boa para as duas partes; demorou, mas resolveu-se”, congratula-se Weligton, lembrando o jovem Horta que passou por Málaga. “Era um miúdo promissor, mas já com uma grande personalidade. Acredito que não teve nem tempo, nem oportunidade de mostrar todo o seu potencial em Espanha. Mas conseguiu colocar as coisas no seu devido lugar”, vinca. “Estava destinado a voltar a Portugal para brilhar no Braga e na sua Seleção. Ele vai continuar a brilhar e a dar grandes resultados ao seu clube. Tenho um grande respeito por ele. E por todos os amigos portugueses que tive em Málaga, como Duda, Edinho, Hélder Rosário, Fábio Espinho e Eliseu”, recorda o brasileiro.