Telmo Parada é o fisioterapeuta do clube, mas, sem dinheiro, deixou de aparecer ao trabalho.
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Ou entra esta sexta-feira dinheiro nas contas dos jogadores da AD Oliveirense, ou o plantel poderá não comparecer ao jogo de domingo com o Santa Clara, para a Taça de Portugal. O grupo tem um pré-aviso de greve entregue, decorrente dos quase três meses de salários em atraso, e O JOGO sabe que ontem não foi feito qualquer pagamento. No entanto, o prazo dado pelo grupo à SAD presidida por Sebastian Diericx termina hoje. As dificuldades são tantas que a formação orientada por Manuel Monteiro já nem fisioterapeuta tem. Telmo Parada, de 26 anos, deixou de se apresentar ao trabalho desde a semana passada, mas diz que vai fazer a partida de domingo se, entretanto, o plantel... receber.
O clínico teve propostas de clubes da II Liga no defeso, mas no início ficou convencido com a boa-fé dos investidores dos minhotos. "Optei pelo projeto da AD Oliveirense, pois passaram-me um conceito diferente do habitual. Conheci o presidente da SAD e pareceram-me pessoas credíveis. À medida que o tempo foi passando, não recebi qualquer vencimento. Tentei estar sempre presente. Na semana passada avisei que não iria comparecer enquanto a situação não fosse resolvida", relata. Pelo meio, Telmo Parada ia tratando dos jogadores com o seu material. "O clube não comprava nada. Tudo o que há, é meu. Cheguei a um ponto em que comecei a ter alguns problemas na vida pessoal relacionados com a componente financeira. Podia ter um estilo de vida que não estou a ter."
Telmo Parada reside na Maia e por mês gasta cerca de 300 euros em deslocações. O fisioterapeuta confirmou que alguns jogadores se "alimentavam mal", situação que, no entanto, agora "está resolvida", e diz que só voltará ao clube se os salários forem pagos e tiver garantias de que o drama não se repetirá.
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