ENTREVISTA, PARTE II - Diego encontrou o central na mesma época em que chegou e ainda olha com admiração para um comandante em atividade, mais velho que ele. Brasileiro recorda triunfo na Taça Intercontinental, quando o central também dava os primeiros passos no Dragão, e a expulsão depois de bater o penálti num dos títulos mais importantes da sua carreira.
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Diego trabalhou ainda com Pepe na fase de Vítor Fernández e Co Adriaanse. Eram as primeiras épocas do central no Dragão, após ter sido contratado ao Marítimo. Mais uma temporada chegaria para catapultar o ainda defesa do FC Porto para o Real Madrid. "Recordo-me muito bem do Pepe já como um jogador muito dedicado. Eu vi que ele passou momentos difíceis aí, superou tudo o que tinha para superar e hoje está no patamar que está pela sua forma de encarar o jogo e o futebol, como se dedica para ser o melhor profissional e o mais competitivo possível. É um pilar com muitos méritos e tem tudo para continuar a ser o líder desse FC Porto. Foi firme no jogador que quis ser e viveu uma carreira fantástica", conta Diego.
O brasileiro recorda a disputa da final da Taça Intercontinental, frente ao Once Caldas e com Pepe no banco, em que acabou atipicamente expulso depois de bater um dos penáltis do desempate. "Foi um jogo muito especial, uma conquista muito importante nas nossas vidas. Eu era um miúdo e, após bater o meu penálti, acabei por desabafar na cara de Henao, que me estava a provocar muitíssimo, porque já nos conhecíamos da Libertadores, jogava eu pelo Santos. Mas, no final, o que conta é esse título, um dos mais relevantes que ganhei em toda a vida", expressa.
Feitas as "contas", o brasileiro guarda com carinho todas as recordações das duas épocas em que vestiu de azul e branco. "Foi onde comecei a minha trajetória na Europa, isso não se apaga. Foi um lugar especial para mim, no qual fui muito bem tratado dentro e fora do campo. Quero muito, agora que deixei de jogar e estou a desfrutar de muitas viagens, ir ao Dragão ver um jogo e torcer pela equipa. Quero recuperar o contacto com as pessoas do FC Porto. Afinal, continua o mesmo presidente, há muito mérito dele. O clube permanece todos os anos competitivo, mantém a mesma mentalidade e segue vencedor. É alguém que está sempre presente, há aí uma razão de tanto sucesso", sustenta.