"Recebi uma chamada do FC Porto, mas disseram-me que podia não ter muitos minutos"
ENTREVISTA >> Pedro Malheiro revela os motivos que o levaram a não ficar no FC Porto e no Rio Ave e recorda o dia em que o Braga disse que não contava mais com ele, depois de quatro anos na formação dos arsenalistas.
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Natural de Vila Verde, freguesia do Distrito de Braga, Pedro Malheiro começou a carreira no clube da terra natal, o Vilaverdense, em 2010/11, então com 10 anos, mas na época seguinte já estava nas "escolinhas" dos arsenalistas. Em 2014/15 foi emprestado ao Palmeiras FC, terminando, no final da temporada 2014/15, a ligação aos bracarenses.
De volta a casa, onde esteve em bom nível no último ano de iniciados e no primeiro como juvenil, deu nas vistas e o futuro até podia ter passado pelo FC Porto ou pelo Rio Ave. O interesse existiu, o agora jogador boavisteiro até chegou a treinar nos dois clubes, em 2017, mas a verdade é que, pelos mais diversos motivos, não ficou em nenhum deles e o Boavista entrou em cena. Pedro Malheiro conta até a O JOGO que nem hesitou quando teve conhecimento do interesse dos axadrezados.
Como foi o seu trajeto até chegar ao Boavista?
-Comecei no Vilaverdense, o clube da minha terra, e depois tive uma passagem de quatro anos pelo Braga, mas disseram que não contavam mais comigo e regressei ao clube da minha terra, onde fiz duas épocas. Depois recebi uma chamada do FC Porto para ir lá treinar.
Não chegou a ir para o FC Porto. Porquê?
-Fui lá fazer a pré-época, mas disseram-me que podia não ter muitos minutos. Ainda cheguei a fazer uns treinos no Rio Ave e o treinador queria que eu ficasse, mas não me davam alojamento. Foi quando recebi a proposta do Boavista e nem hesitei.
Contratado pelo Boavista em 2017, o defesa cumpre a segunda temporada na equipa principal dos axadrezados
Como surgiu esse convite do Boavista?
-Foi muito engraçado, porque o FC Porto falou com o Rio Ave para eu ir lá treinar e eu lá fui. Depois do treino, o treinador chamou-me e eu pensei que não ficava, mas ele disse que contava comigo. Fizemos um jogo-treino contra a equipa de sub-17 do Boavista, onde eu tinha muitos amigos que tinham estado no FC Porto. Estava a falar com o Filipe Bastos, que jogou no Boavista, e ele disse para eu vir para cá. Falou com o míster Luís Merêncio e depois o Boavista contactou-me.
Em 2020/21 alinhou em dois jogos pelos sub-23 do Boavista e foi cedido ao Vilaverdense, onde só fez quatro jogos. O que se passou?
-Foi uma época difícil, porque estava com a equipa principal na pré-época, em Melgaço, com o míster Vasco Seabra, e, durante o estágio, tive uma lesão num joelho. Foi muito complicado, porque sentia que ia ter a minha oportunidade nesse ano. Voltei ao Bessa para fazer tratamento e quando recuperei já não contavam comigo para a equipa principal. Faz parte, é futebol. Depois tive uma pequena passagem pelos sub-23 do Boavista, mas como jogávamos num sintético, caía constantemente e não estava a conseguir afirmar-me. Além disso, tive uns pequenos problemas e regressei ao Vilaverdense. Nessa altura tive convites de alguns clubes para ser emprestado, mas como não estava bem mentalmente, precisava de me abstrair um bocado, até pelo carinho que tenho pela minha terra. Fiz poucos jogos, porque a equipa não passou à fase seguinte e o campeonato acabou muito cedo.
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