Rampa de lançamento: nove jogadores do Leixões saltaram dos sub-23 para a II Liga
A boa campanha do Leixões na prova serviu como rampa de lançamento para nove sub-23 chegarem ao segundo escalão. A maioria pela mão do treinador atual, José Mota.
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Não são um, nem dois, nem três... são nove os jogadores dos sub-23 que chegaram à equipa principal do Leixões esta temporada, com seis deles a serem aposta de José Mota. As oportunidades dadas pelo treinador - que no passado já lançou jogadores como Ricardo Horta (Braga), Pedro Tiba (Lech Poznań), Fábio Pacheco (Moreirense), Luquinhas (Aves), Antunes (Sporting) e Rúben Vezo (Levante) -, foram preponderantes no crescimento dos jogadores que encontraram na Liga Revelação uma rampa de lançamento.
Neste lote estão os defesas Diogo Gomes, Ricardo Teixeira, Hélder Morim e Rücker (entretanto saiu), os médios Rodrigo Ferreira e Ousamane e os avançados André Lacximicant, Vando Félix e Papalelé. De todos, há um que se destaca por ter conseguido agarrar um lugar na equipa principal: Rodrigo Ferreira. O jogador de 19 anos, que chegou no ano passado ao Leixões, tem dois golos em 21 jogos pela formação principal. A estreia aconteceu em novembro, diante do Oriental Dragon, a contar para a Taça de Portugal, na altura com João Eusébio no comando. No entanto, José Mota manteve a aposta. Para o médio, a Liga Revelação foi "fundamental para ter a oportunidade de chegar à equipa principal".
Rodrigo Ferreira é o caso mais sonante, por ser ter fixado na equipa A, mas ainda há Diogo Gomes, Ricardo Teixeira, Hélder Morim, Rucker, André Lacximicant, Vando Félix e Papalelé
Contudo, não foi só Rodrigo a mostrar talento. Papalelé também conseguiu uma oportunidade, depois de ter feito um percurso de sucesso nos sub-23 e o desempenho demonstrado pelo avançado, 23 anos, permitiu-lhe ser chamado em fevereiro, diante do Mafra, a contar para a Liga SABSEG. "Para mim, foi muito importante conseguir mostrar o meu valor. Sinto que a Liga Revelação me permitiu evoluir imenso e, neste momento, sinto-me preparado para jogar nas ligas profissionais", contou o cabo-verdiano.
Ainda no setor ofensivo, Vando Félix conseguiu igualmente jogar nas duas competições. Começou nos sub-23 e, em março, estreou-se na Liga SABSEG, frente ao Cova da Piedade. Para o guineense, 18 anos, o Leixões é o clube "indicado para os jovens terem oportunidades e conseguirem profissionalizar-se". No caso do avançado português André Lacximicant, a estreia pela mão de José Mota só aconteceu na reta final do campeonato, no jogo com o FC Porto B, mas a aposta ainda serviu para o dianteiro despedir-se da temporada com um golo apontado na derrota (2-1) perante a Académica. "A Liga Revelação foi essencial para a minha evolução e para conseguir dar o salto. Ajudou-me a crescer e a desenvolver as minhas capacidades", vincou. O testemunho é do quarteto, mas o sentimento de realização está presente nos restantes que tiveram uma oportunidade na equipa principal: Hélder Morim (quatro jogos), Rücker (quatro), Ricardo Teixeira (um), Ousamane (um) e Diogo Gomes (13). Este último começou na equipa principal e ao longo da prova fez três jogos pelos sub-23.
A potencialização dos miúdos
A aposta em jogadores da formação tem sido uma constante no Leixões. Apesar de não querer individualizar, João Eusébio, coordenador técnico da equipa, destacou Rodrigo Ferreira. "Chegou à equipa principal esta época, mas se analisarmos o percurso dele vemos que é um miúdo que ainda vai crescer muito, porque ainda não está formado. Estamos a trabalhar para isso", explicou. A prioridade é o crescimento dos miúdos. "Trabalhamos na valorização e na potencialização dos jogadores, para que eles cresçam. É esse o nosso foco".