Atacante vai deixar o Benfica no final da época e ontem despediu-se dos adeptos encarnados com uma exibição de gala coroada com dois golos, que até poderiam ter sido mais
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Rafa Silva, um nome que tão cedo os adeptos do Benfica não irão esquecer. Chegou à Luz no verão de 2016, oriundo do Braga, clube de onde se transferiu por pouco mais de 16 milhões de euros. No olhar trazia o brilho de muitos sonhos por concretizar… e conseguiu.
Até ao momento, foram 326 jogos de águia ao peito, e no currículo soma 94 golos e 67 assistências com a camisola do Benfica, ao qual junta ainda 10 troféus conquistados pelo emblema dos encarnados e 25 internacionalizações com a camisola das quinas. Ontem, chegou o dia da despedida, na Luz, e fê-lo com glória. Apontou dois golos, poderia ter marcado outros tantos, e apesar de ter todo o estádio a gritar o seu nome, recusou apontar a primeira grande penalidade do jogo porque tudo o que queria era atingir o número de golos marcados por Pizzi (94), como referiu Di María no final da partida.
“Tinha dito antes do jogo que queria atingir os golos marcados por Pizzi, mas queria fazê-lo de bola corrida. Por isso, ofereci-lhe o penálti, mas ele disse que não”.
Mas este não seria o único momento marcante do jogo de despedida de Rafa da Luz. O minuto 27 vai certamente ficar marcado para sempre na memória do médio, quando do nada todo o estádio se levantou a cantar em uníssono o seu nome, numa justíssima homenagem pelas oito épocas de enorme entrega com o emblema da águia ao peito.
Mas o melhor ainda estava para vir! Ao findar a primeira parte (43’), Rafa apontou o terceiro golo do jogo e no início do segundo tempo (46’), apontou o quarto e o segundo da sua conta pessoal, levando o estádio ao rubro em total euforia.
Roger Schmidt, que disse no final do encontro que “Rafa é dos melhores jogadores que alguma vez tive”, substituiu-o aos 84’ para que, novamente de pé, o estádio o aplaudisse e gritasse o seu nome por uma última vez e foi abraçado por todos os colegas ainda no relvado. Logo após ser substituído, Rafa levantou-se do banco de suplentes e levantou os braços na direção dos No Name Boys, claque encarnada que voltou a criticar Schmidt durante o encontro.