O extremo vai ser o mais novo a realizar 50 jogos pela equipa principal. O jovem ala é o único jogador do plantel a ser utilizado em todos os jogos do conjunto verde e branco esta temporada, e prepara-se para fazer história no encontro da Taça de Portugal com o Rio Ave.
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Geovany Quenda conseguiu a proeza de se afirmar como uma das figuras mais preponderantes do Sporting na sua primeira época de sénior, quando ainda tem idade de júnior. O polivalente extremo de 17 anos, que até começou a ganhar espaço como ala-direito no esquema de Rúben Amorim, está muito perto de atingir uma marca história. O duelo da segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal com o Rio Ave será, muito provavelmente, o palco para Quenda chegar ao seu 50.º jogo ao serviço do conjunto principal do Sporting. Caso este cenário se confirme, o extremo será o jogador mais novo a atingir a meia centena de encontros pela equipa A dos verdes e brancos. Quenda soma, por esta altura, três golos e seis assistências pelos leões, é o terceiro jogador mais utilizado no plantel, e é o único atleta que participou nos 49 jogos disputados pelo Sporting na atual campanha, valores que atestam a importância do extremo na manobra da equipa agora orientada por Rui Borges.
O marco atingido por Quenda não surpreende o antigo treinador Manuel Machado, que, em declarações a O JOGO, explicou a rápida afirmação do jogador luso: “Com 17 anos, aparecer a jogar ao mais alto nível numa equipa que luta pelo título nacional ilustra que é um jovem muito talentoso. Apareceu e impôs-se na equipa. Tem as ferramentas necessárias e o talento, para que a sua carreira seja em crescendo, é o que se espera dele. Tem no horizonte o mercado inglês [Chelsea] como realidade, é um jogador muito talentoso, muito jovem ainda, com uma margem de progressão enorme. É um jogador que transporta já uma cultura de jogo muito evoluída. O que o diferencia é o talento, não abundam jogadores com a capacidade que ele apresenta, se olharmos para o nosso campeonato não serão muitos que encontrarão paralelo naquilo que o Quenda faz, temos o Rodrigo Mora no FC Porto e pouco mais.” Manuel Machado não ousou adivinhar o futuro de Quenda, mas afirmou que “estão reunidas as condições para que a sua evolução continue, e para que na próxima temporada Quenda faça ainda melhor, salvo alguma lesão ou contratempo”.
É arriscado fazer previsões de uma carreira de um futebolista, sim, mas Quenda parece destinado a brilhar nos seus próximos 50 jogos, pelo Sporting, ou já pelo Chelsea.