Frederico Varandas falou sobre as consequências da pandemia no futebol.
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A pandemia covid-19 mudou o paradigma do futebol leonino, e não só, como deu conta o presidente Frederico Varandas, em entrevista à SIC, tendo garantido que a forma como o emblema de Alvalade vai encarar o futuro imediato assenta, sobretudo, no que a formação irá produzir para abastecer a equipa principal.
O dirigente máximo dos leões abordou algumas das dificuldades que o clube irá enfrentar, num contexto semelhante, na sua opinião, ao dos rivais, dando conta que a redução de receitas vai ser acentuada na próxima época.
"Esta crise da covid-19 afetou muito a industria do futebol europeu, não há menor dúvida. Mas dentro dos países afetados, Portugal é o mais afetado. O grande problema dos três grandes vai ser o mercado de transferências. Cinquenta por cento das receitas vem do mercado de transferências, da venda de jogadores. O mercado português é exportador e não tenho qualquer dúvida, nem eu, nem Benfica e FC Porto, que vai demorar uns bons anos para os clubes grandes voltarem a ter a capacidade financeira que tinham antes da covid-19. Muito devido ao mercado de transferências. E já não estou a falar das limitações que o Governo nos disse que vai acontecer. Se calhar para o ano vamos ter de vender apenas um quarto da capacidade do estádio e isso significa um quarto da receita de bilhética, patrocinadores, parceiros. Vai ser uma nova realidade e um problema gravíssimo", disse.
Varandas deu mesmo o exemplo de Bruno Fernandes. "Foi vendido por 55 milhões de euros em janeiro, hoje vale quanto? 30 milhões? 20 milhões? Ninguém sabe!", observou.
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