Proença: "Que orgulho por ter havido maturidade para escolher um antigo árbitro"

Agradecimentos: "Chegou o dia, o primeiro de muitos. Não há melhor palavra para começar do que dizer-vos obrigado. O momento justifica um duplo obrigado. Obrigado por merecer a confiança de 3 em cada 4 votantes. Sinto-me na obrigação de vos corresponder. Este duplo significado vai guiar o que hoje escolhi para partilhar convosco. Agradeço a toda a equipa que agora inicia funções. Hoje não acaba nada. Começa tudo o que tivemos a coragem de propor. Agradeço a todos os colaboradores da Liga Portugal por 10 anos de trabalho conjunto. Obrigado a tantos que me ajudaram a ultrapassar dificuldades durante a minha direção executiva na Liga. A partir de hoje deixará de existir nós e eles. Apenas um nós. Esta passará a ser a partir de hoje a vossa casa. Serão sempre muito bem-vindos a esta nossa e vossa casa. Agradeço naturalmente a todos e todas que participaram nestas eleições. Os que escolheram a nossa proposta e que o rumo poderia ser outro."

Ser eleito: "Deixo este compromisso: a FPF ganha com todos, perde com todos e vive com todos. A dimensão expressiva desta vitória exige que tenhamos a capacidade de perceber que certezas absolutas costumam anteceder fracassos estrondosos. Agradeço a Nuno Lobo e toda a lista de candidatos, que apresentaram as suas estratégias e candidatos. As coisas menos boas que possam ter sido ditas em campanha, ficam em campanha. Quando o jogo termina, é outro tempo. Não é raro que quem muito protesta no jogo acabe a reconhecer que a arbitragem, apesar de difícil, foi justa. Que orgulho tenho de reconhecer que o futebol do meu país teve a maturidade de escolher um antigo árbitro para liderar os destinos da maior federação desportiva de Portugal."

O trabalho dos antecessores: "O mérito esteve mais na cabeça de quem escolheu do que na pesosa que foi escolhida. Agradeço aos nossos antecessores. Ao dr. João Rodrigues, ao dr. Gilberto Madail e ao dr. Fernando Gomes. Estamos hoje na Cidade do Futebol, espaço que planearam e concretizaram, com troféus que os treinadores que escolheram ajudaram a conquistar. O futebol é das jogadoras e jogadores. É sempre o nome deles que a história grava a letras de ouro. Os vossos mandatos recentes coincidiram com tempo de Madjer, Ricardinho e Cristiano Ronaldo. Cada um deles considerado o melhor do mundo vários anos seguidos. Uma era dourada, que no caso do capitão da Seleção A, continua e permite que esta casa tenha o melhor atleta de sempre à escala mundial, mas também um exemplo de paixão pelo país e pela Seleção. Foi tempo coincidente com Cláudia Neto, Ana Borges, Jéssica Silva, Kika Nazareth, Dolores Silva e tantas outras que ainda cantam e vão cantar o hino de Portugal. Os seus mandatos, dr. Fernando Gomes, mostram como projetos de largo alcance devem resistir a adversidades. Nos primeiros quatro anos, lançou bases e superou dificuldades desportivas sérias. A conquista do Mundial de futebol de praia há 10 anos foi porventura até êxito curto para a dimensão do que estava a desenvolver. No segundo mandato, as nossas seleções mostraram como a preparação sólida pode dar frutos, com títulos antes julgados impossíveis. E estes últimos anos, embora menos vencedores no campo, não podemos desligar do impacto da Covid e da concretização da organização do Mundial'2030. Obrigado, dr. Fernando. Obrigado a todos os órgãos sociais cessantes e a José Luís Arnaut e toda a equipa da comissão eleitoral pela forma como conduziram o processo hoje concluído."