Em causa o crime de ofensa a pessoa coletiva e alegado roubo dos emails do Benfica.
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No âmbito de um inquérito que teve por base a queixa do Benfica, a Procuradoria Geral da República (PGR) optou por juntar os processos que averiguam a prática do crime de ofensa a pessoa coletiva à averiguação da suspeita de acesso ilegítimo ao sistema informático das águias. Segundo confirmou fonte oficial da PGR a O JOGO, "no decurso das investigações têm sido realizadas diversas diligências, entre as quais a inquirição de testemunhas".
Na questão da divulgação de correspondência, Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto e Diogo Faria, coautor do livro "Polvo encarnado", são arguidos, a mesma condição que tem Pinto da Costa e os restantes administradores da SAD azul e branca, Adelino Caldeira, Fernando Gomes, Reinaldo Teles, José Américo Amorim Coelho e Rui Vieira de Sá.
Segundo o advogado Magalhães e Silva, a junção dos processos "faz sentido". "Há seguramente a possibilidade de uma melhor eficácia da investigação global, a partir do momento em que se junta a averiguação de ambas as coisas", afirma a O JOGO.
Para o causídico, haverá "economia processual", dado o "risco de se repetirem atos com o mesmo sentido" e em função das diligências futuras, o presidente do FC Porto e demais elementos da SAD podem ser constituídos arguidos pela prática do crime de violação de correspondência. "Isso pode acontecer, não por via da junção processual, mas porque no decurso da investigação ocorreram novos factos que determinam ampliação ou restrição da imputação aos arguidos", explicou, garantindo que a apensação nada altera as atuais condições dos envolvidos por si só. "Não pode haver mudança nenhuma", esclareceu Magalhães e Silva.