No Dragão há menos de dois meses, médio já teve de comprar um boné para tentar passar despercebido nas ruas. Dinamarquês já está a aprender português e a ter aulas de golfe nos tempos livres. Encantando por ter conseguido ter um papel importante desde o início e por ter conquistado a confiança de Farioli.
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Froholdt tem sido apontado o reforço mais impactante do FC Porto para esta temporada. O médio de 19 anos teve um início fulgurante e já conquistou os adeptos. No clássico, por exemplo, correu 12,3 quilómetros, mais do que qualquer outro em campo. Além dos elogios, as exibições têm dado ao jovem um reconhecimento público a que não estava habituado. De tal forma que teve de tomar uma atitude no mínimo... diferente. “Já cheguei ao ponto em que é difícil andar sozinho. Penso um pouco sobre quando saio e também comprei um boné para aqueles dias em que talvez não queira ser muito reconhecido, mas isso é também a prova de que a cidade vive e respira futebol. É ótimo que signifique tanto para eles. Na Dinamarca, faz parte da cultura, se virmos alguém conhecido, a primeira coisa que se faz não é ir até lá e pedir para tirar uma foto. Em Portugal é diferente, não têm medo de vir ter comigo. Foi uma grande mudança”, assumiu numa entrevista dada ao serviço da seleção da Dinamarca.
“Teria sido um pouco diferente se tivesse começado mal e todo o clube achasse que era a pior transferência do mundo. Por isso, vejo como algo positivo o facto de haver muitas pessoas felizes lá”, acrescentou, antes de revelar já encontrou algumas coisas para fazer fora do futebol. “Quando estou sozinho e não posso estar com a família e os amigos, tenho aulas de português e estou a aprender a jogar um pouco de golfe”.
Titular nas quatro jornadas do campeonato, já depois de ter dado nas vistas nos jogos de preparação, Froholdt admitiu estar encantando no FC Porto. “É ótimo conseguir um papel importante desde o início e também era importante que me transferisse para um clube onde me integrasse bem e pudesse começar desde o início, para não ter de ficar sentado a assistir ao jogo no banco. É ótimo ter conquistado a confiança do clube e do treinador, e é ótimo ter arriscado e estar a fazer parte da equipa”, sublinhou.
Ainda que esteja há pouco tempo no Dragão e diga que é “difícil comparar” o Copenhaga com o FC Porto, Froholdt já percebeu que está num clube “um pouco maior”. Por isso, acredita que isso também o vai ajudar a consolidar-se na seleção principal, apesar de só ter 19 anos. “A seleção é um dos meus objetivos claros. Não quero apenas fazer parte da equipa, quero também ter minutos em campo e ajudar a ganhar jogos. É mais fácil isso acontecer quando se joga num clube maior e numa liga maior do que a da Dinamarca. Por isso, claro, a seleção nacional também estava em consideração quando me transferi para o FC Porto”, assumiu Victor Froholdt.