Central do Vitória frisa que os mais importantes ativos do futebol, ou seja, os jogadores e os árbitros, devem ser protegidos. Apela à calma e bom senso num momento de turbulência
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A poucos dias de fazer a estreia na I Liga com a camisola do Vitória, apontada para segunda-feira à noite, frente ao Feirense, Frederico Venâncio não deixou de comentar o que se tem passado no futebol português, com polémicas e discursos violentos entre alguns clubes, e acusações fortes às equipas de arbitragem. "Os jogadores apenas se preocupam em jogar e, nesse sentido, passa-nos um bocado à parte tudo o que tem acontecido; ainda assim, as pessoas estão a ir por caminhos que não deviam. Não podem fazer pressão sobre os jogadores e os árbitros, ou seja, os ativos mais importantes do espetáculo; têm de deixá-los à vontade para que façam o seu trabalho. Torna-se um bocado exagerado toda esta situação. Deve haver bom senso, não só para os clubes, mas para toda a gente; devemos manter-nos mais calmos e não entrar em ondas de competitividade excessiva", analisou o central do Vitória no âmbito de uma visita a uma escola de Atães, em Guimarães, juntamente com Tyler Boyd.
Sobre a sua entrada no onze, Venâncio admite que a espera foi longa, mas também justificada pela lesão que sofreu e pelo bom desempenho dos companheiros utilizados. "Fico feliz por finalmente poder dar o meu contributo à equipa. Espero contribuir com uma boa exibição e depois o balanço será feito pelo míster. A lesão abrandou este passo e quem entrou no onze esteve muito bem: espero contribuir com a qualidade que tenho".
A passar por um período mau de resultados, com apenas um triunfo nos últimos cinco jogos, o Vitória quer colocar uma pedra no assunto na deslocação a Santa Maria da Feira. "Queremos praticar um futebol atrativo e conseguir os três pontos. A falta de golos nos últimos jogos deve-se também aos adversários que temos defrontado, equipas que nos fecham os caminhos para a baliza. A equipa tem criado muitas oportunidades e, por vezes, é apenas uma questão de momento não marcar golos. Há momentos em que tudo corre muito bem, a bola entra de qualquer maneira, e há outras alturas em que não é assim. É algo que vai ao sítio naturalmente. Nesta altura, é natural que haja uma maior preocupação com a finalização, se bem que a culpa de não marcar golos seja de todos", sublinhou Frederico Venâncio.