O JOGO inicia uma série de quatro entrevistas - uma por cada década de liderança de Pinto da Costa no FC Porto - com personalidades ligadas ao clube. Luís César, ex-secretário técnico, é o primeiro. A viagem prossegue dia 15 de abril, com o "capitão" João Pinto.
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Luís César viu Pinto da Costa entrar no clube por uma "porta pouco aberta", devido aos problemas que afetavam o FC Porto, mas a ambição levou a que se tornasse no mais longevo e vencedor da história. Por isso, espera vê-lo sair com "as honrarias" que um percurso assim merece.
Se quando entrou lhe dissessem que o clube teria o mesmo presidente por 40 anos e que este seria o mais longevo e titulado da história, acreditaria?
-O presidente, ganhador, já sabe como é. Uma equipa que esteve anos e anos a fio sem ganhar nada, depois consegue-o com uma presidência atenta, diária, dedicada quase em "full time" ao clube, em detrimento de muitas outras coisas que o presidente certamente gostaria de também prestar atenção... Quando se ganha, estamos no top. Agora, tenho um desejo: ver o presidente sair pela porta grande. Ele entrou por uma que estava pouco aberta, embora fosse grande, porque o clube já era grande. Agora, gostava de o ver sair por uma porta amplamente aberta e com as honrarias que o percurso dele merece, depois dos títulos todos que nos pôde oferecer. E falo como um adepto de bancada, que hoje não consegue ver um jogo do FC Porto na televisão até ao fim.
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Conviveu com Pinto da Costa mais de 30 anos. Onde é que vai buscar forças após tanto tempo e tantos títulos ganhos?
- Ao amor que tem ao clube. Se hoje ganha um, amanhã quer dois. A palavra derrota não pode entrar no vocabulário do FC Porto, seja em que circunstância for. Pode acontecer, mas falar em derrota ao presidente, não. Portanto, a força dele vem do amor que tem ao clube e da certeza, tanto quanto é possível ter no desporto, de que ainda muitas tardes e noites de glória o FC Porto poderá vir a ter. Mas, com as mudanças que o futebol tem tido, com tantas pedras que pelo caminho vão havendo, uma das minhas maiores alegrias era ver o presidente sair por uma porta escancarada, com as honras que a caminhada dele merece.
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