Pinto da Costa voltou atrás quanto à candidatura e renovação de Sérgio Conceição
Em março de 2023, Pinto da Costa tomou a decisão de não se recandidatar à presidência do FC Porto, bem como de não renovar com o treinador, Sérgio Conceição, após declarações do técnico de um jogo dos dragões diante do Inter.
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Na obra "Azul até ao fim", Pinto da Costa revela que, em 2023, tomou duas decisões que acabaram por ser revertidas: a de não apresentar a candidatura e não renovar com Sérgio Conceição. Ambas as decisões acabariam por ser revertidas, com o ex-dirigente a perder o sufrágio diante de André Villas-Boas e a renovar com Conceição por mais quatro temporadas.
"Hoje tomei uma decisão. Vou cumprir o meu mandato até maio de 2024, mas depois não me recandidatarei. Dediquei a minha vida ao FC Porto, e vivi momentos felizes e inolvidáveis. Mas tudo tem um fim e se Deus me der vida e saúde terminarei a minha missão com 42 anos de presidência e 86 anos de idade. Tenho a consciência de que ‘lancei’ para o sucesso muita gente. Desde empresários, treinadores, jogadores e dirigentes, tenho imenso orgulho no seu sucesso", pode ler-se, abordando, também, a situação do treinador da altura, Sérgio Conceição.
"A minha última aposta como treinador foi Sérgio Conceição, então treinador do Nantes. Contra a vontade de muitos, assumi essa contratação, na certeza de que triunfaria, como felizmente triunfou. Mas, porque faço da lealdade uma condição essencial para conviver, depois das declarações de Sérgio Conceição após o jogo FC Porto-Inter, não tenho condições de pensar em renovação, e depois desta desilusão, disse a mim mesmo: basta! Vou sair de consciência tranquila e continuarei a fazer o melhor que possa pelo amor da minha vida – o FC Porto", escreveu.
Após o jogo com os italianos, Sérgio Conceição abordou, em conferência de imprensa, a política de vendas do clube azul e branco, deixando algumas críticas que nºao agradaram a Pinto da Costa.
"Muitas vezes, andamos aqui às voltas do meu silêncio, do ruído que existe no futebol e tudo o que temos feito aqui parece que depois é zero. Tudo o que fazemos com 30 por cento do plantel da equipa B, outros 40 por cento que vieram de equipas médias como Santa Clara, P. Ferreira, Famalicão, Rio Ave e, depois, o mérito é zero. Falam do Otávio, do Taremi que se atira para o chão, do Sérgio Conceição que é um arruaceiro… Enfim, daí o meu silêncio. Desculpem o desabafo, mas é preciso mais de toda a gente do futebol português. Com aquilo que tem, e foram cinco anos e meio muito difíceis no FC Porto, com anos de fair-play financeiro, sem poder ir buscar nenhum jogador e vender só para equilibrar, o trabalho é mesmo muito pouco reconhecido", atirou.