Pinto da Costa: "Só podem trair os que estão ao lado de nós, porque os outros são adversários"
Excerto da entrevista de Pinto da Costa à TVI, cuja primeira parte é transmitida este domingo
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Funeral já está pago: "Já paguei o funeral. Dizem que nunca tinha acontecido, que as pessoas só pagam depois da Missa do Sétimo Dia. Eu disse 'Não, pago já, que é para não empurrarem uns para os outros e ninguém ter a preocupação de pagar o funeral'. Vai ser como eu quero. Quero que o meu corpo vá para a Igreja das Antas, que eu frequento semanalmente. Não quero ninguém de preto. Quero tudo de azul. Depois, há pessoas que não quero lá. Não vou revelar, mas estão no livro, que sairá em outubro".
Quem não pode ir ao funeral: "Todos os que me traíram durante a vida. São algumas pessoas... Mas, depois, vê-se. Eu quero que o meu funeral não seja, como em muitos, em que vejo meia dúzia de pessoas à volta de um caixão, com sentimentos de lamento profundo, e outros cá fora a contar anedotas. Não quero que, naquele momento, a minha família e amigos sintam que estão rodeados de hipócritas."
Quem são os traidores: "Só podem trair os que estão ao lado de nós, porque os outros são adversários. Os que traem são os que estão cá dentro. Os que não me gramam, vão dizer que eu era isto e aquilo. Os meus amigos vão dizer bem. Há uma coisa que ninguém pode dizer, é que, em vida, tenha prejudicado alguém intencionalmente, ou que tenha feito algo de ilícito. Tenho a certeza de que isso ninguém irá dizer. Agora, a minha família ver entrar, com ar solene, uma pessoa com uma coroa de flores, sabendo que este gajo foi um traidor, um sacana para o meu pai... Isso, não quero, não por mim, mas por eles"