Pinto da Costa fala de Fernando Madureira: "Acho que ele está preso injustamente..."
Excerto da entrevista de Pinto da Costa à TVI, cuja segunda parte é transmitida esta segunda-feira
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Mãos no fogo por Fernando Madureira: “Não ponho as mãos no fogo por ninguém. Mas acho que ele está preso injustamente. Na AG, em que dizem que ele fez, não há, em momento algum, ele a agredir alguém. Há uma cena em que se vê ele a mandar sentar as pessoas… Nunca agrediu ninguém. Houve uma AG antes, de contas, em que esteve o André Villas-Boas e foi votar contra as contas. As contas foram aprovadas com o voto contra dele e no fim, para sair, quem o foi levar ao carro foi o Fernando Madureira. Portanto, ele não tinha nenhuma problema com o Villas-Boas. Agora, tinha as suas convicções, a claque, que era uma loucura, enchia os estádios. Ainda agora, nos Açores, foi uma tristeza. Viu-se lá meia-dúzia de pessoas na bancada. Ele elevava aos 50 e aos 100. Tinha poder de mobilização”.
Ganhos de Fernando Madureira com a mobilização de adeptos: “Algum dinheiro acho que ganhou. Nunca o contei. Naturalmente, ele tinha um acordo em que comprava os bilhetes por x… Ele tinha um contrato com o FC Porto – como acho que se mantém, com algumas alterações –, tinha X bilhetes e, depois, uns ficavam na claque e outros vendiam para, creio, cobrir as despesas dessas deslocações. Segundo dizem, ganhou algum”.
Fortuna de Fernando Madureira: “Graças a mim não. Ele tinha um acordo com o FC Porto desde 1986 que foi cumprido. Tinha X bilhetes, pagava-os. Quando ia buscar bilhetes para um jogo, tinha de pagar o anterior. Portanto, tinha esse acordo. Vendia os bilhetes. Ganhava dinheiro neles, o problema já não era nosso”.
Alegadas ligações de Fernando Madureira à máfia da noite: “Nunca ouvi falar. Amigo? Considero um amigo. Se fosse traficante de droga, não seria. Ficaria surpreendido [se fosse traficante]”.
Visita à prisão: “Fui. Falámos do FC Porto. Achei que estava com muita revolta, mas com força. Disse-lhe que não tinha ido lá para ele estar preocupado comigo. Estava mais preocupado comigo do que com ele.”