Declarações de José Pedro Pereira da Costa, administrador financeiro da SAD do FC Porto, esta quarta-feira, à margem da apresentação das contas relativas ao exercício de 2024/25. Foi apresentado um lucro recorde de 39,24 milhões de euros, o maior de sempre da SAD azul e branca
Corpo do artigo
Diferença entre estar na Champions e na Liga Europa: "Este ano há duas alavancas: o sucesso desportivo, indo mais longe na Liga Europa, ajuda a atenuar a diferença. Gostaríamos de ir mais longe ou até ao fim, porque quanto mais longe formos melhor para as contas. A alavanca principal é continuar a crescer nas receitas comerciais, sendo que a principal é sempre a venda de passes de jogadores, que já está nos 85 milhões de euros só com este mercado de verão. Temos condições para ter um bom exercício 2025/26. Dada a dimensão que a componente do sucesso desportivo tem, é muito difícil no nosso mercado compensar isso com outras receitas. É impossível subir receitas comerciais em 30 ou 40%."
Passivo quase inalterado. Isso preocupa? Como se pode mitigar? "Não é um objetivo a redução do total, mas sim a redução do passivo corrente e isso já foi feito. Relativamente ao passivo total, terá a ver com projetos que temos pela frente, como a renovação do Estádio do Dragão e o CAR. Desde que o ativo aumente, a subida do passivo não é uma questão de preocupação. Queremos é ter as contas em dia e o passivo corrente suportado pelo ativo corrente."
As receitas de 2024/25: "Dada a dimensão que o sucesso desportivo tem nas nossas contas é muito difícil compensarmos isso com outro tipo de receitas. Temos três blocos de receitas: as da UEFA, os direitos televisivos e as comerciais. Os direitos televisivos estarão fixos até 2028, por isso a única alavanca seriam as receitas comerciais, mas é impossível fazê-las crescer 30 ou 40 milhões no curto prazo. Noutros mercados é possível, mas aqui é difícil."