Declarações do jogador do FC Porto em entrevista à FIFA, em jeito de antevisão ao Mundial de Clubes
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Expectativas elevadas: "As expectativas são as melhores possíveis. É o primeiro Mundial de Clubes neste formato e estar entre as 32 melhores equipas do mundo é algo muito gratificante e esperamos ter um bom desempenho e alcançar o nosso objetivo de todas as competições, que é ganhar o título."
Sem facilidades: "Sabemos que não há jogos fáceis e que todos os jogos vão ser todos muito complicados. Temos de pensar passo a passo. Sabemos que o nosso primeiro jogo é com o Palmeiras, mas também sabemos que o Inter Miami é uma grande equipa, tem o Messi, o Suárez e outros grandes jogadores. Então temos de trabalhar e dedicarmo-nos muito para tentarmos fazer grandes jogos."
A experiência americana: "O Mundial de Clubes é uma competição nova e vai misturar muitas culturas e estilos de jogo, e acho que dá um pouco de frio na barriga e uma ansiedade grande para podermos começar e vivenciá-lo."
Duas Taças Intercontinentais no palmarés: “Jogamos no FC Porto, uma das maiores equipas do mundo e todos torneios que disputamos, disputamos com o objetivo e com o foco de vencer e no Mundial não vai ser diferente. Sabemos das dificuldades que vão existir e tudo, mas temos de estar preparados e focados ao máximo e fazer o nosso melhor.
Palmeiras: "Eu sei que é uma equipa muito competitiva. Desde que o Abel lá chegou, implementou uma cultura muito forte que tem conquistado muitos títulos no Brasil. Perdi contra eles numa final da Copa do Brasil, conheço a dificuldade que é jogar contra eles e sei do trabalho que eles têm feito, e também sei que temos de estar focados ao máximo para podermos fazer um grande jogo."
Brasileiros na Invicta: "Acho que é preciso fazer muita coisa para me poder comparar com o Deco e com o Hulk. Eles têm uma história muito linda aqui e vitoriosa no FC Porto. Tenho de fazer o meu trabalho, tentar melhorar e evoluir sempre para poder também, quem sabe, colocar o meu nome junto ao deles."
MetLife Stadium: "Jogar lá vai ser um sonho. Se quisermos mesmo ganhar esse título e ser campeões, como eu disse, não temos de olhar para o adversário, temos de pensar em nós mesmos e dar o nosso melhor, o que é o mais importante."
Fã de Stephen Curry e da NBA: "Eu gosto bastante de basquetebol. Quando estava no Brasil conseguia acompanhar os jogos, mas agora é mais complicado por causa do horário. E o jogador de quem mais gosto é o Stephen Curry. É um homem muito diferenciado, que faz a diferença no jogo e que me inspira bastante."
Bom ambiente no balneário: "O mais engraçado acho que é o Zaidu, sem dúvida. Não precisam de ser brincadeiras, só a maneira como ele fala já é muito engraçada e algo que contagia o balneário todo."
A força do futebol: "Acho que é uma coisa que mexe um pouco comigo, porque é o meu trabalho e o meu desporto, e é daquilo que eu vivo. E ver a alegria que eu posso proporcionar para outras pessoas, como os adeptos, é muito gratificante. O futebol une vários estilos e culturas em todo o mundo, e dá para ver que é algo muito gratificante e algo que mexe com todos."
Culturas diferentes unidas pelo futebol: "Posso falar sobre o povo brasileiro e o quanto são apaixonados pelo futebol, e sabemos das dificuldades que há no Brasil, por causa de questões políticas e outras questões. E vemos pessoas que não têm… Por exemplo, quando há um Mundial dá para ver o quanto une as pessoas e faz com que as pessoas se abracem e que estejam juntas. É algo muito gratificante e que me deixa cada vez mais entusiasmado por poder jogar este desporto que tanto amamos."
O peso do mediatismo: "Querendo ou não, influenciamos muito as pessoas e também muitas crianças com aquilo que fazemos. Acho que influenciamos, e por isso tentamos dar o nosso melhor e dar bons exemplos para essas pessoas, principalmente para essas crianças que sonham um dia serem jogadores de futebol, que se possam inspirar e seguir o mesmo caminho que nós."
Racismo: "Tive alguns exemplos com o próprio Galeno, uma vez que o atacaram no Instagram dele. É uma situação muito chata. Nós sabemos que o racismo não é correto e sabemos que é algo que não se deve cometer, não se deve fazer. Nós tentamos… Digo isso por causa do Brasil. O Brasil tem muitos casos de racismo. O próprio Vinicius Junior tem sido muito atacado lá em Espanha. E é algo chato e algo que tentamos combater, porque não é bom para o futebol e não é bom para a sociedade."
Medidas a tomar: "Acho que tem uma importância muito grande, porque sabemos que já houve situações onde as medidas não tiveram qualquer efeito. Acho que é preciso tomar medidas mais fortes. O racismo é uma coisa muito séria e é algo que mexe com muitas vidas e muitas pessoas e acho que precisa de ser combatido."
Carreira alternativa: "Se não fosse jogador? Difícil… Acho que desde pequeno sempre procurei isto ao máximo. Sempre foi o meu sonho e o meu objetivo maior. E acho que não consigo viver a fazer outra coisa sem ser jogador de futebol, porque foi uma coisa que, desde pequeno, sempre procurei e sempre sonhei, e sempre foi o meu maior objetivo."