"Penálti? Há quem faça 30 por uma linha para pedir respeito e depois acontece isto"

Luís Pinto
Lusa
Luís Pinto, treinador do Vitória, sobre a arbitragem polémica no jogo frente ao Gil Vicente
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Análise ao jogo: "Foi um jogo muito encaixado pela estratégia que o Gil também trouxe, acabava por estar sempre pronto para iniciar e parar as pressões, e não nos deixava entrar no bloco deles. Mas, quando conseguimos tornar a circulação mais rápida, que também estivemos um bocadinho lentos na circulação em alguns momentos, acabámos por ser sempre nós a ter os lances mais perigosos. Merecíamos ter ganho este jogo, sem sombra de dúvida. A nossa equipa foi muito competente, muito capaz e, que num contexto muito difícil, fez um jogo muito interessante."
Se equipas se respeitaram: "Houve esse respeito pela qualidade, o último jogo exigiu muito de nós e os jogadores estavam cientes que se andássemos a saltar pressões ou a partir o jogo, pela qualidade do Gil, também poderíamos ter alguns dissabores. Esse respeito foi mútuo, mas mesmo assim merecíamos ter ganho."
Entrada de Ndoye: "É um jogador que estava a aparecer, conseguiu aparecer aos poucos, a lesão atrasou um bocadinho o processo de adaptação mas hoje já pôde contribuir mais e conseguiu trazer energia e capacidade física, aliada à qualidade. O último lance é nítida a qualidade que ele tem de se desembrulhar do central que estava muito em cima dele e ficámos satisfeitos de termos o Ndoye disponível, dá-nos mais opções."
Lance de alegado penálti no final, sobre Ndoye: "Fica a leitura com que toda a gente ficou. Não vale a pena estar a comentar. Há quem se queixe e fale disto nas conferências e depois as coisas acontecem. Há quem faça 30 por uma linha para pedir respeito e, depois, acontece o que aconteceu hoje. Temos de respirar fundo e seguir em frente. Fazer o nosso trabalho, focar-nos no que podemos melhorar, no que podemos crescer e tentar abstrair-nos disto. Apesar de ser difícil."
Questionado, já na sala de imprensa, sobre lances em que o Vitória reclamou penálti: "Vale a pena chorar no futebol português. Um jogo sempre parado, dois minutos de desconto, seis minutos de desconto... sempre com ações para se tentar proteger o que quer que seja, depois prejudicamos todo o espetáculo. Não sei se como adepto vinha ver futebol. Não me apetece falar muito sobre isso. O que a nossa equipa fez foi tão competente e de se relevar, que não vale a pena tentar desviar-nos do nosso foco, que é tentar marcar quando temos oportunidade".

