Paulinho começou como suplente de Bandarra, mas nas últimas duas jornadas foi titular, marcando ao FC Porto B e Alverca. O lateral-direito, 33 anos, é um reforço de peso para o Académico, depois de ter jogado meia época no "seu" Leixões
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Aos 33 anos, Paulinho está a fazer o melhor arranque da carreira, no que aos números diz respeito. O lateral-direito, que até começou como suplente de Miguel Bandarra, conquistou a titularidade à terceira jornada, marcando nesse desafio ao FC Porto B (2-0) e na jornada seguinte, um golaço ao Alverca, juntando também uma assistência na goleada aos ribatejanos (4-0).
“Já tive bons inícios de época, mas sem estes números. O momento é bom, mas mantenho sempre os princípios, que me fizeram cumprir o sonho de ser jogador de futebol, que é a humildade e o nunca desistir de nada. Isso só se conquista com trabalho”, explicou a O JOGO o defesa, admitindo que o tento marcado na última jornada “deve ter entrado para o top-5”, embora todos sejam especiais. “Um defesa quando faz golos tem-nos sempre na memória e não os esquece. Eu não fujo à regra”, revelou.
Sobre a mudança para o Académico de Viseu, depois de ter jogado na segunda metade da época passada no Leixões, o lateral explicou os motivos. “Fiz um contrato de cinco meses com o Leixões, que estava a atravessar um mau momento, no lugar de play-off. Aceitei ajudar um clube, que é especial, pois foi onde comecei a caminhada como profissional”, contou Paulinho, que após as férias, não cometeu o erro do ano anterior, que “foi esperar por algo que desejava: sair de Portugal” e acabou sem clube. “O Académico mostrou uma grande vontade de me contratar, o projeto agradou-me e estou muito satisfeito”.
Com a liderança da II Liga partilhada com o Penafiel, o defesa não se empolga, deixando no ar a ideia que é cedo para falar em subida. “A equipa está focada no jogo a jogo e preparar todos os jogos para vencer. O Académico tem uma grande estrutura, dá condições aos jogadores e só temos de corresponder”, salientou um dos seis reforços contratados pelos viseenses, concordando que “manter a base do plantel é uma vantagem”, “a saída do central Arthur Chaves fará falta, mas será bem colmatada” e o treinador também ajuda. “É fácil trabalhar com o Rui Ferreira. É claro naquilo que pede, mostra uma grande liderança e um bom relacionamento com os jogadores”, elogiou.
Campeão em Moreira, venda ao Braga e ídolos
Com passado na I Liga, Paulinho recorda a estreia pelo Moreirense com um bis de assistências ao Sporting (2-2), em 2012/13, o título de campeão pelos cónegos na II Liga (2013/14) e a primeira passagem por Chaves, que termina com a venda ao Braga. Em termos de ídolos destaca dois, além da família. “Gostava muito do Daniel Alves e agora do Carvajal”.