Paulinho já pensa noutra carreira: "Fui às aulas todas do Nível I e não aprendi nada"
Uma divertida entrevista do avançado do Sporting ao programa ADN de Leão.
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Gosto pelo futebol: "Eu gosto muito de futebol. Gosto de analisar, de perceber. Mas ainda tenho muita dificuldade em ver sem ser como adepto. Eu quando estava lesionado e via os nossos jogos tirava o som."
Outros campeonatos: "A mentalidade do futebol português... Um presidente contrata um treinador para não descer de divisão. Não perder. Já estive lá [nessa situação]. Dizia-me: 'tu, para mim, és dos maiores talentos, vais chegar lá acima'. Passados dez minutos não estava convocado."
Treinador: "Gostava de ser. Já tenho o Nível I. Tirei quando vim para cá. Estava inscrito no Nível II, mas digo-te já que não vale a pena. Não aprendes nada. É difícil ter vaga para depois tirar o Nível IV. Há muita gente a candidatar-se e não consegue. Fui às aulas todas do Nível I e não aprendi nada. É como o Tabata que, quando eu falei de Fórmula 1, não sabia que era um desporto. O Nível II acho que é parecido. Quando abrir o Nível II vou tirar. Mas tenho de me preparar."
Um grupo: "Um grupo de futebol é uma mini sociedade. E tem muito ego. Move-se para individualizar, fazer um jogador sentir-me o maior... O que está à volta está a levar a isso. Este ano tínhamos um bom grupo, boa mentalidade e boa cultura. Mas no geral acho que temos de parar o caminho que se está a seguir. Tirando Ronaldo e Messi, é um coletivo. Atingiram uma dimensão que nunca ninguém tinha atingido. E a vida social deles... Há pessoas que nem querem saber da carreira deles."
Companheiros de equipa: "Precisas de ter no grupo um João Pereira, um Nuno Santos da vida, que nunca estejam satisfeitos, exigentes. Fazem falta. O Coates não impõe respeito, o respeito é reconhecido. É natural. É supertranquilo, superaberto. O Tiago, que jogou no Trofense, Benfica e FC Porto, também era assim, muito acessível."
Pedro Gonçalves melhor marcador: "Ele nunca tinha marcado um hat trick. Estávamos na casa de banho antes do jogo [com o Marítimo] e eu disse-lhe que ia marcar nesse dia. Aconteceu."
O que lhe vai na cabeça quando marca um golo: "Agora só penso: 'não vai ser fora de jogo pois não?'."