O plano da SAD era recuperar o jogador para o plantel principal, mas o panorama está em constante mudança e os leões admitem um bom negócio.
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Já muitos cenários se desenharam sobre o futuro de João Palhinha e a saída para o estrangeiro (Inglaterra ou Espanha) é neste momento o mais provável e aquele que a SAD verde e branca está a equacionar com maior seriedade - face à mudança de realidade financeira colocada pelo covid-19 -, apesar de o recente empréstimo ao Braga, de duas épocas, ter convencido os responsáveis leoninos quanto à sua qualidade e potencial aproveitamento futuro no plantel principal.
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No entanto, enquanto não há decisão final e as conversas sobre o futuro do médio se vão arrastando, a sociedade que gere o futebol dos verdes e brancos joga em dois planos, deixando em aberto a apresentação de uma proposta de renovação ao jogador para melhorar a condição salarial e não deixar aproximar o fim do vínculo para manter força negocial, seja qual for o cenário que se venha a confirmar. Até porque, sabe O JOGO, o Sporting já está a par de propostas para a transferência do atleta.
O atual contrato de João Palhinha com o Sporting, até 2023 (cláusula de 60 M€), deixava o Sporting numa posição segura e tranquila, sem urgência de acelerar processos como uma venda que pudesse ser abaixo dos valores de mercado, porém a paragem competitiva está a ter impacto negativo no setor e os leões não fogem à regra. O clube de Alvalade precisa de realizar encaixe com a venda de atletas para fazer face às suas necessidades financeiras, assim como um eventual reforço do plantel. Matheus Pereira é uma venda praticamente assegurada por 10 M€, ao WBA, há 20 M€ da venda de Bruno Fernandes reservados e o resto a SAD esperava obter com a negociação do passe de jogadores como Acuña, Coates, Renan, Rosier, Borja e Doumbia.
O futuro de Palhinha, de 24 anos, pode passar por Inglaterra ou Espanha. O Bétis ofereceu 10 M€ em janeiro
E João Palhinha, perante a crise que se vive, passou a entrar na equação como possível venda dos leões para o estrangeiro, sem "passagem" do passe do jogador para o Braga, como chegou a estar em cima da mesa. Nas últimas janelas de mercado o Braga nunca cedeu e vetou a saída do jogador (o Bétis chegou aos 10 M€), mesmo detendo 15% de qualquer negócio, e a gestão transitória de Sousa Cintra incluiu no empréstimo uma cláusula que dá aos minhotos os mesmos 15% de uma venda até meio de setembro, além de opção de preferência dos bracarenses. Uma percentagem que não ficará em Alvalade, mas que com a necessidade de fazer encaixe e tratando-se de um dos ativos mais valorizados em 2019/20 e com mais mercado, nomeadamente em Espanha e Inglaterra, não impedirá a SAD, agora, de o poder vender por valores acima dos 15 M€. Frederico Varandas já disse que Palhinha vai voltar e este teve um alto rendimento no Braga sob o comando de Rúben Amorim, agora técnico dos leões. Estas nuances podiam indiciar que Palhinha seria indispensável e peça chave para Amorim em 2020/21, mas o cenário está sujeito a várias incógnitas. Um bom negócio não pode ser descartado. Uma ideia que até vai de encontro às pretensões do jogador, que prefere prosseguir a carreira no estrangeiro.
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Aprendeu guião e brilha a doer
João Palhinha nunca se conseguiu afirmar na equipa principal leonina e, em 2017/18, com Jorge Jesus ao comando dos leões, estreou-se a titular num clássico com o FC Porto, por ausência de William Carvalho. Acabou "queimado" pelo técnico, que disse que entrou na partida com o guião errado, mas deu a volta, cresceu com passos sustentados e nos últimos três jogos a doer (um contra o Benfica e dois contra o FC Porto, todos com Rúben Amorim), mostrou que já aprendeu o guião: venceu os três e até marcou o golo da vitória na Luz.