Confira as notas atribuídas por O JOGO aos jogadores do Benfica na vitória em Paredes por 1-0, para a Taça de Portugal.
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Helton Leite 5
Não fosse uma defesa atenta ao remate de Ismael, aos 38" e uma saída exuberante dos postes num cruzamento sobre o intervalo e nem se teria visto na primeira parte. Na segunda, manteve a atenção sem grande trabalho.
Gilberto 5
Foi praticamente um extremo dada a falta de necessidade de defender. Algumas boas combinações mas também um pouco trapalhão noutras situações, em particular com o passar do tempo.
Jardel 5
A voz de comando veterana numa equipa que nunca jogara junta. O adversário não lhe deu muito que fazer mas, no que foi preciso, esteve alinhado com Ferro.
Ferro 5
Numa altura em que tanto se fala na chegada de Lucas Veríssimo, teve um jogo demasiado fácil para poder mostrar a Jesus tudo o que vale. Seguro, tranquilo e eficiente quando solicitado.
João Ferreira 6
Adaptado a lateral-esquerdo e em estreia na equipa principal, foi uma agradável surpresa dada a sua capacidade ofensiva onde conseguiu uma série de cruzamentos bem medidos. A defender, sem falhas. Saiu com queixas físicas.
Chiquinho 5
Teve uma oportunidade de ser titular e utilizou o corredor central, onde muitas vezes foi o elo de ligação com o setor mais avançado. Por vezes embrulhado num mar de pernas, deu à equipa mobilidade e elasticidade, não complicando. Mas, mesmo assim, esperava-se mais no plano ofensivo.
Pizzi 5
Voltou às origens, leia-se, ala direita, ainda que com carta branca para explorar outros espaços. Num último terço de campo sobrelotado, sentiu dificuldades em soltar-se. Mesmo assim, algumas tabelas bem sucedidas.
Cervi 6
Retribuiu a titularidade com a assistência para o golo de Samaris, num livre cobrado com o grego nos olhos. Combinou bem com João Ferreira na ala esquerda e ajudou sucessivamente a empurrar o Paredes para a sua última linha. Acusou a falta de ritmos na parte final mas ainda fez uma grande jogada individual, aos 52".
Ferreyra 4
Se este era o seu teste final no Benfica, então o argentino terá sofrido um chumbo claro. O avançado ainda tentou assinalar o regresso à equipa, quase dois anos depois, com um golo, tendo ocasiões aos 5" e aos 38". Mas pagou o preço da falta de ligação quer com a equipa, quer com Gonçalo Ramos, seu apoio mais próximo e saiu sem brilho.
Gonçalo Ramos 5
Quis muito deixar o nome na ficha dos marcadores e, aos 13" e aos 16", teve situações onde poderia ter feito melhor. Com o adversário todo fechado lá atrás, o avançado teve de sair da área ofensiva para procurar ganhar espaço. Antes de sair, tentou a sorte aos 64", mas por cima.
Tiago Araújo 6
Entre os jogadores que saíram do banco, foi o que mais trouxe à equipa de Jorge Jesus. Deu mais esclarecimento no último terço, assumindo a bola e fazendo um par de bons cruzamentos pela ala esquerda. Uma estreia promissora.
Daniel dos Anjos 4
Também em estreia na equipa principal, o avançado foi pouco feliz. Procurou, em força, ganhar espaço na área e fora dela mas sem qualquer esclarecimento.
Morato -
Entrou para colmatar a saída de João Ferreira, por motivos físicos. Pouco tempo para aparecer.
A FIGURA
Samaris: 6
Rebentou à cabeçada aquela enorme parede
Num jogo onde o Benfica teve pela frente um Paredes enclausurado no seu meio-campo e a formar uma sólida barreira a proteger as suas redes, só Samaris conseguiu abrir uma brecha que evitou o que poderia tornar-se num escândalo. O médio grego revelou-se um verdadeiro desbloqueador no cabeceamento irrepreensível que, após livre não menos exemplar de Cervi, derrubou a parede. Fora isso, Samaris foi também o primeiro construtor de jogo encarnado, executando tudo com processos simples e forçando as linhas a subir, empurrando mais para trás os defensores da equipa da casa. Em termos globais, e apesar de longe do brilhantismo, a exibição de Samaris foi determinante não só no resultado como nos equilíbrios coletivos.