Toni Martínez lembra que foi Sérgio a levá-lo do Famalicão para o FC Porto e enaltece os feitos do técnico em "anos de gestão difícil". Manter parceria é desejo para 2023/24
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Grau de exigência do homem do leme azul e branco é o que o distingue dos outros treinadores, considera o ponta de lança espanhol. "Ele nunca acha que estás no máximo", sublinha o 29.
"Todos deviam trabalhar uma vez na vida com o míster Sérgio Conceição"
Em que aspetos da evolução do Toni se notou mais o dedo de Sérgio Conceição?
-Em primeiro lugar, tenho que dizer algo que raramente disse. Às vezes até podem pensar o contrário por causa de situações como a da substituição na final da Taça, mas estou imensamente grato ao míster, porque é por ele que estou no FC Porto. Trouxe-me do Famalicão, deu-me confiança e, mesmo não sendo um titularíssimo, acho que sou um jogador muito útil ele também sabe o papel que tenho na equipa. Queria deixar-lhe essa palavra de agradecimento pela oportunidade que me deu de jogar num dos melhores clubes do mundo. Em relação à influência dele na minha evolução, já disse a vários colegas de profissão que todos deviam trabalhar uma vez na vida com o míster Sérgio Conceição. Isto porque era uma boa forma de perceberem onde estava o limite de cada um e, mesmo assim, talvez não o encontrassem. Se um jogador trabalha até ao nível que ele pretende, é um treinador que te espreme ao máximo. E ele nunca acha que estás no máximo! [risos] Por isso é que a melhor forma de saberes onde está o teu limite é trabalhares uma vez na vida com o míster Conceição. Foi isso que ele fez tão bem nestes anos de gestão difícil. Sabia que o FC Porto estava a passar por dificuldades no momento em que ele chegou e, em cinco ou seis anos, mudou o rumo e tornou novamente o clube num conquistador de títulos. A Taça de Portugal foi mais um e não quero deixar de desfrutar. Para quem esteve de fora e teve a oportunidade de assinar pelo FC Porto, tem um sabor especial.
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Acredita que vai continuar a trabalhar com Conceição na próxima época?
-Espero que sim! No futebol nunca se sabe. No FC Porto só se exige o máximo e isso também é uma "desvantagem", porque todos temos interessados. O míster é um dos melhores do mundo e temos alguns dos melhores jogadores, também. No final de cada época há sempre rumores, jogadores que têm de sair, treinadores... Estamos num clube muito grande, sabemos da dimensão do FC Porto e há gente a sair e a entrar todos os anos. Mas espero trabalhar com o míster muitos mais anos, porque me leva ao máximo e nunca deixa baixar dos cem por cento.
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