"O meu pai dizia-me que tinha de me esforçar, de me levantar e lutar pelo que queria..."
Martín Anselmi, treinador do FC Porto, em antevisão ao jogo no terreno do Estrela da Amadora (sábado, 20h30), relativo à 31.ª jornada da I Liga
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Sente que falta maturidade e a perceção da essência do FC Porto ao plantel? "Estamos perante uma geração de seres humanos. Com a velocidade com que se vive hoje em dia, pensa-se pouco. E isto nada tem a ver com a minha profissão. Também penso assim como pai. Fui criado de uma forma e não crio os meus filhos como me criaram a mim, porque os tempos mudam. Pergunto a mim mesmo como são estas novas gerações. Antes, tínhamos valores muito firmes, muito demarcados. Neste mundo vive-se a grande velocidade, onde temos tudo de um dia para o outro. Agora não tem de se esperar para nada, nem para ver o meu programa favorito na televisão! É importante ter um pouco dos valores que referi, porque as coisas custam. O meu pai dizia-me que tinha de esforçar-me, de acordar todos os dias para lutar pelo que queria... Nasci com isso, com esse sacrifício ou o que lhe quiserem chamar, e tento passar aos meus filhos. Estes jogadores não são meus filhos, mas podiam ser. Cada ação que temos na vida traz consequências, boas ou más. Entendo o contexto e o lugar em que estou. É determinante perceber isso. O privilégio de defender estas cores traz uma data de obrigações, responsabilidades e compromisso. Há que entender e contextualizar a sorte que temos."