UM A UM - Confira a avaliação feita a todos os jogadores do FC Porto na partida da primeira mão dos quartos de final da Champions, que o Liverpool venceu por 2-0.
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Casillas 6
Sem qualquer responsabilidade nos golos sofridos, esteve atento em tudo o resto, fez duas defesas de grau de dificuldade médio e não errou qualquer saída da baliza.
Maxi Pereira 5
Foi meio lateral, meio central e não foi por ele que a casa veio abaixo, apesar de ter permitido o cruzamento para o primeiro golo. Com Corona sempre ao seu lado, ajudou os centrais e tem dois cortes providenciais que acabam por anular as dificuldades nos lances mais velozes.
Felipe 6
Começou tremido, mas acertou e fez um segunda parte de qualidade, com mais chutos na frente do que tentativas de jogar, mas com eficácia e segurança na marcação. Ficou a queixar-se de um penálti perto do fim.
Alex Telles 4
O brasileiro foi a jogo, mas aparentemente condicionado pela lesão que lhe roubou a última semana. Salah foi um tormento e conseguiu entortar o lateral portista em várias ocasiões. E no lance do 2-0 deu muito espaço nas costas.
Danilo 7
Como Militão, o maior do FC Porto em Anfield e não pelo tamanho, mas pela tranquilidade com que jogou mesmo apertado e pela disponibilidade para condicionar a organização dos ingleses, muitas vezes até perto da área adversária. Forte no ombro a ombro e inteligente a cavar faltas.
Óliver 5
Sentiu dificuldades nos duelos individuais, especialmente pelo tamanho. Com bola procurou não complicar, mas a verdade é que também não simplificou. Regular.
Corona 6
Taticamente irrepreensível, numa função que nunca desempenhara antes: a de extremo a atacar e a de lateral-direito no momento de defender. Tecnicamente acima dos rivais, imprevisível mas... demorado a executar. E assim perdeu a oportunidade de sacar dois ou três cruzamentos em zona perigosa.
Otávio 5
Muito mal na primeira parte, período em que até isolou... Salah, para um falhanço escandaloso aos 21". Bem melhor na segunda, mais próximo dos lances e amplo a virar o jogo de um lado para o outro. Muito combativo, mas nem sempre com discernimento.
Marega 5
Podia ter sido o herói de Anfield, mas sai com o homem que desperdiçou as três melhores ocasiões de golo do FC Porto. Aos 28" isolou-se, mas não bateu Alisson. Aos 31" era mais difícil, mas também tinha tempo e espaço para fazer melhor. Aos 78", o canto do cisne, lançado por Militão para o golo da esperança, disparou torto. Além desses lances, teve mais três remates com perigo.
Soares 5
Não tem culpa que a bola raramente lhe tenha chegado em condições, mas podia ter feito mais nas poucas vezes em que isso aconteceu. Os primeiros 20 minutos até foram prometedores, com uma assistência para Marega se isolar e outro lance em que o próprio escapa rumo à baliza.
Brahimi 4
Entrou depois de 45 minutos a aquecer, mas não conseguiu melhorar o ataque e até se precipitou em mais do que uma ocasião.
Bruno Costa 5
Ao contrário do argelino, teve serenidade para ter bola, jogou de forma simples e tornou as saídas ofensivas mais rápidas.
Fernando Andrade 4
Muita vontade e velocidade, mas no único momento que teve a possibilidade de fazer a diferença, adiantou de mais a bola.
A FIGURA
Éder Militão: 7
A dupla missão que o deu a conhecer a Salah e... Van Dijk
Se Maxi fez de lateral e central, Militão fez de central e... lateral-esquerdo. Destacado por Conceição para cair em Salah sempre que este surgia sobre a baliza, o brasileiro sofreu, mas ganhou vários duelos e evitou males maiores, o que com um adversário deste calibre é altamente meritório. Especialmente, não descurou o eixo da defesa. Nas saídas a jogar, foi o melhor portista. E na procura da profundidade também. Chegou a isolar Marega, mas o maliano não lhe fez a vontade. Militão merecia mais, porque num palco de sonho provou que é de topo europeu. Van Dijk não o conhecia, mas deve ter ficado bem impressionado.