"O Jardel foi melhor do que o Eusébio. Hoje em dia é muito difícil, até para Ronaldo..."
Entrada de Jardel no Sporting em 2001/02 fez com que a equipa se galvanizasse. "Foi melhor que Eusébio", atirou Niculae.
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Foram 35, 39, 38 e 56 golos em quatro épocas. Foi assim o percurso de Mário Jardel no FC Porto, vencendo três campeonatos pelos dragões.
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Quando o Sporting aproveitou a saída do brasileiro das Antas rumo a uma experiência de um ano nos turcos do Galatasaray e posteriormente a abertura para regressar a Portugal, a confiança cresceu entre as hostes leoninas.
"No início de setembro chegou o Jardel e ficámos todos contentes. Sabíamos da qualidade dele, que tínhamos um goleador. Acreditámos mais no título", afirmou Lourenço a O JOGO, que sabia que a partir dessa altura ficava com menos espaço na frente, já que João Pinto era intocável ao lado do brasileiro. "Eu tinha sido uma das contratações, mas não pensava no destaque e sim aproveitar as capacidades. Se tínhamos o João Pinto a conseguir buscar a bola nas costas dos defesas temos de saber ler o jogo. Se o Jardel marca muito de cabeça, temos de cruzar mais vezes", apontou o ex-médio Diogo.
"O Jardel foi o melhor Jardel de sempre, melhor do que o Eusébio, marcou mais golos que ele numa época. Hoje em dia isso é muito difícil até para o Cristiano Ronaldo"
"O Jardel foi o melhor Jardel de sempre, melhor do que o Eusébio, marcou mais golos que ele numa época. Hoje em dia isso é muito difícil até para o Cristiano Ronaldo", considerou Niculae, que ficou condicionado por uma grave lesão que lhe travou a afirmação nos leões. Jardel, em 2001/2002, marcou 55 golos, 42 dos quais no campeonato, um registo que em Portugal só é batido pelos 43 de Peyroteo (1946/47) e os 46 de Yazalde (1973/74). Foi cinco vezes melhor marcador da nossa Liga. "O Jardel era "fera", bom para fazer golos. Todos buscam um jogador que marque os golos dele. Prefiro-o comigo do que contra mim. Quando ele chegou já o conhecíamos e ficámos felizes. Foi um jogador extremamente importante, dentro de todos os que, mesmo jogando pouco, foram fundamentais", salientou André Cruz.