José João Torrinha (vitoriano), e Miguel Pedro (braguista), autores de crónicas semanais nas edições de domingo d' O JOGO, juntaram-se no Largo da Oliveira, em Guimarães, para analisarem o dérbi desta noite entre Vitória e Braga.
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A dado momento da extensa conversa, o assunto centra-se nos numerosos casos de violência que têm ensombrado alguns dos últimos dérbis entre Vitória e Braga. E nesse momento que Miguel Pedro, adepto do Braga, contou algo que não é muito comum. Ora, vejamos: "Quando o meu avô era presidente do Braga, aí pelos anos 40, a equipa subiu à I Divisão. Foi organizado um cortejo para assinalar o feito, e o presidente do V. Guimarães dessa altura pediu para que o cortejo passasse em Guimarães, para que as pessoas pudessem integrá-lo também. Ele próprio foi a Braga integrar-se no cortejo".
"Foi organizado um cortejo para assinalar o feito, e o presidente do V. Guimarães dessa altura pediu para que o cortejo passasse em Guimarães"
José João Torrinha não resiste: "Provavelmente foi destituído quando voltou a Guimarães". Por que é que aconteceu este gesto é um mistério, até porque ainda hoje, e ambos comungam desta ideia, "qualquer aproximação entre as Direções é muito malvista, é praticamente assinar a capitulação", termina Torrinha.